quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Quinta-feira Adoração

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Adoração ao Santíssimo

O Grupo de Oração "Sopro de Vida" - RCC, convida você e sua família para nesta quinta-feira (01/12) às 18h, na Igreja Matriz de São Sebastião participar da Adoração ao Santíssimo Sacramento  com  louvor e adoração, Você é nosso convidado para este momento de fé e devoção ao nosso Deus, é so confiar e ele agirá.
Participe! 


Contribuição para compra de Rosas naturais

"Tuas palavras são em tudo verdade desde o princípio.
E cada um dos teus justos juizos dura para sempre. (Salmo 119:160)

A Capela de Nossa Senhora da Conceição pede aos fiéis devotos e devotas de nossa Senhora uma contribuição para a compra de rosas naturais para a arrumação do Andor de Nossa Senhora da Conceição no encerramento da festa que será dia 08/12/2011.

Missa com Oração por Cura e Libertação

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 "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertarás" João 8,32

Quarta-feira 30/11/2011, logo mais as 19h na Igreja Matriz de São Sebastião acontecerá a Missa com Oração por Cura e Libertação, você e sua família é nosso convidado, venha celebrar conosco nesta noite especial na presença do Senhor.  
Com a participação da nossa Irmã Leila Alves da Comunidade Chalon de Fortaleza que irá conduzir o momento de Oração.
Participe!


Festa de Nossa Senhora da Conceição 2011

"Com Maria preparamos o nascimento do Salvador"
PROGRAMAÇÃO RELIGIOSA
Dia: 30.11.2011 - Quarta-feira
Noiteiros - Pastorais: Criança, Catequese, Catequisandos, Crismados, Familiar, Litúrgica, Dízimo, Acólitos e Afilhados (as).
Sub-tema: "Maria foi preservada de todo pecado a fim de que se apresentasse como "a santa morada do Altíssimo" (Sl 122/147)
Pregador - Paulo de Paiva Brasil
Príncipe - Keysen Haykony Linhares dos Santos
Princesa - Maria Iluandra Oliveira da Silva

Festa de Nossa Senhora da Conceição 2011


Neste dia 28/11/2011, teve inicío a abertura da Festa de Nossa Senhora da Conceição Padroeira dos bairros: São Severino, Liberdade, Boa Vista, Renascer e Conjunto Antônio Linhares, "Com Maria preparamos o nascimento do Salvador" a Celebração da palavra foi com Paulo de Paiva Brasil, os fiéis e devotos de Nossa Senhora da Conceição participaram deste momento de fé e devoção a Nossa Senhora.

A procissão com a imagem chegando a Capela

Momento da Celebração
A Capela estav lotada



 Logo após a Celebração da Palavra teve o hasteamento das Bandeiras


terça-feira, 29 de novembro de 2011

Mensagem do Dia

Terça, 29 de Novembro de 2011

Creia: sua necessidade está sob os olhos do Senhor

Jesus nos diz: “O meu pai agora está trabalhando, e eu também estou trabalhando” (Jo 5,17)
Amados irmãos, Deus não está dormindo. Ele trabalha sempre e está em constante atividade. Ele vê e acompanha os nossos sofrimentos; nos ama e trabalha por nossa causa. Creia: sua necessidade está sob os olhos do Senhor. Nosso Pai e Jesus não cessam de trabalhar por nós.
Exponha-se diante d’Ele. Seja sua causa pessoal ou familiar, seja sua doença física ou espiritual, apresente-se agora para o Senhor. Nada pode impedir a ação de Deus em sua vida. Nada pode roubar sua alegria de ter alguém constantemente trabalhando por sua causa: Deus Pai e Nosso Senhor Jesus Cristo. Eles não terão descanso enquanto não nos derem o Reino dos Céus. Deus é por nós. Somos d’Ele e, por isso, sabemos que:
“Tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu desígnio” (Rm 8,28)
Como num dia inteiro de trabalho, o Senhor age em nosso meio salvando nossas vidas, curando nossos corações, sarando nossos doentes, libertando nossos oprimidos e arrancando da opressão do maligno aqueles que se encontram nas trevas. Se abrirmos o coração e O deixarmos trabalhar em nosso interior veremos já aqui, nesta vida, os prodígios do Senhor.
Que o Todo-poderoso nos liberte de toda incredulidade e ação do mal que quer abalar nossa fé!
Jesus, eu confio em Vós!


Experimentemos a alegria em conhecer a Deus

Postado por: homilia

No Evangelho de hoje vemos Jesus sorridente, com os olhos brilhando: “Jesus exultou de alegria no Espírito Santo” (Lc 10,21).
A alegria é uma característica de todo cristão porque primeiro foi de Cristo, é dom do Espírito Santo para todo batizado, é o que os primeiros cristãos possuíam (cf. At 2,46) e todos nós devemos ter.
Mas por que Jesus exultou de alegria naquele momento? Porque viu os planos do Pai se concretizando de uma maneira que é bem característica da Santíssima Trindade. Cristo reconhece e exulta de alegria ao ver a humanidade mais uma vez participar das grandezas divinas. Nosso Senhor glorifica Seu Pai porque Ele não escolheu os “sábios e entendidos” para serem os primeiros discípulos do Mestre, mas os pequeninos: povo sem estudo, sem muito entendimento, que não era capaz de muita coisa.
Creio que Jesus, em Sua humanidade, tenha se desanimado um pouco ao olhar para aqueles 72 discípulos e ver a realidade. Tinha sido Ele mesmo que os havia escolhido por desígnio do Pai, mas Ele aconselha-os a rezar ao Senhor pedindo mais operários para a messe (cf. Lc 10,2) pois aqueles não pareciam suficientes. Cristo reconhece que Seus discípulos são ovelhinhas perto dos lobos astutos e inteligentes, mas envia-os mesmo assim, acreditando que eles serão sustentados de modo que nem precisam levar bolsas (cf. Lc 10,3-7), pois serão portadores da paz.
Após esse envio, os 72 discípulos voltam alegres dizendo que até os demônios se submeteram a eles pelo nome de Jesus. Parece incrível, não? É como a profecia de Isaías na qual é prometida a harmonia entre lobo e cordeiro, pantera e cabrito, touro e leão, vaca e urso, criança e víbora. Tudo isso será possível porque sobre o nosso Salvador repousa o Espírito Santo com todos os Seus dons e porque Ele não julga pelas aparências nem pelo ouviu dizer, mas com retidão e justiça (cf. Is 11,1-8).
Esta é uma grande lição para todos aqueles que ficam tardando para dar uma resposta ao Senhor porque se acham incapazes, fracos e pequenos. Somente os pequeninos, isto é, os que abrem o coração e não colocam a razão em primeiro lugar, poderão distinguir os prodígios e milagres que acontecem quando o Reino de Deus se lhes manifesta pela ação do Espírito Santo. Jesus louvou ao Pai e exultou no Espírito quando os Seus discípulos “enxergaram” as maravilhas que ocorreram quando eles saíram anunciando o Reino.
“Felizes os olhos que veem o que vós vedes!” Quando nos dispomos a divulgar o Reino dos Céus aqui na terra, é sinal de que ele já está acontecendo na nossa vida e, à medida que nos abrimos, mais e mais vamos experimentando a alegria e a felicidade interior. O Pai se dá a conhecer por intermédio da revelação do Filho e quanto mais conhecermos a Jesus, tanto mais teremos comunhão com Deus Pai e, assim, estaremos vivendo a felicidade tão almejada.
O que vale para Jesus não são a inteligência e sabedoria humanas, mas o conhecimento de Deus. “Ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quiser revelar” (Lc 10,22). Ditosas são as nossas almas quando acreditamos na misericórdia e bondade do Senhor, mesmo que nossos olhos carnais não O tenham visto.
Obrigado, Pai, por nos conceder a oportunidade de Te conhecer mais profundamente. Obrigado, Jesus, por nos apresentar o Pai e nos aceitar como irmãos Teus, à medida que agimos como Tu nos ensinaste. Obrigado, Espírito Santo, por nos santificar, dando-nos coragem para enfrentar as batalhas do dia a dia e dando-nos paciência para esperar o momento de Deus para aquilo que não podemos mudar.
Padre Bantu Mendonça


Formações

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Novo horizonte para a vida

Ser bom é alavancar projetos que fecundam valores

A reconhecida maestria de Jesus nos Seus ensinamentos, com a particularidade de Sua presença, com Sua força incomparável de interpelação, tocava sempre os espaços mais recônditos dos corações. O evangelista Marcos narra um diálogo de Cristo com Seus discípulos que causou grande espanto. Jesus descreve a cena de alguém que corre na direção d'Ele e, quando se aproxima, pergunta: “Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?” O diálogo se desenvolve aprofundando o que é ser bom e o que fazer para ser bom, admitindo convictamente que a conquista da plenitude do ser humano só se faz quando se encontra e se percorre o caminho da bondade.
Depois de falar dos mandamentos para aquele que estava interessado em ganhar a vida eterna, Jesus, fitando-o com amor, afirma: “Só uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”. O interessado na vida eterna ficou pesaroso e foi embora cheio de tristeza, pois possuía muitos bens, conta o evangelista Marcos, que também descreve o espanto dos discípulos ao ouvirem estas palavras de Cristo. Pedro, então, intervém dizendo: “Olha, nós deixamos tudo e te seguimos”.
Jesus não estava fazendo contas de números naquele diálogo. Sua maestria não se prendia, na verdade, a quantidades de bens. Ele tocou no núcleo central interior que rege os rumos dados à vida: a capacidade de discernimento e escolha, a competência para produzir sentido, a convicção simples e determinante de que é bom ser bom.
Ser bom é ser honesto. É alavancar projetos que produzem vida e fecundam a cidadania com valores, que não se reduzem às posses. Trata-se de princípios que alargam horizontes. O desafio maior, em todos os tempos, inclusive agora, na cultura contemporânea, é superar uma compreensão da vida que a reduz aos números e aos bens materiais. Aliás, esse desafio é ainda mais urgente no tempo em que vivemos, porque há uma avalanche de mudanças, intensificada pelo universo virtual da informação.
Manter a serenidade indispensável e alavancar-se na sabedoria necessária não é fácil. Fácil é perder o rumo. Vive-se uma oscilação entre a impotência da crítica e a onipotência da opinião. Esta oscilação provoca inevitavelmente a perda de referências e de valores. O Papa Bento XVI adverte aos fiéis de que a cultura contemporânea corre riscos de excluir Deus, fonte única e inesgotável de princípios, dos próprios horizontes.  Assim, a humanidade segue caminhos equivocados, receitas destrutivas. Sem Deus no horizonte, o que se constata é a primazia da instabilidade no lugar da verdade. A informação, com sua fluidez, passa a ser fonte de todas as fontes.
É preciso saber que não basta estocar, organizar e distribuir informações múltiplas. Mesmo diante dessa grande oferta de conteúdo, pergunta-se: o que no mundo de hoje é justo, bom, verdadeiro? Não encontrada a resposta, experimenta-se o peso da existência. A vida fica à mercê de relatos sobre relatos, prostrando os humanos na insatisfação, tornando-os insaciáveis. Mas, ávidos não dos valores que sustentam e devolvem a serenidade. Em cena, de novo e sempre, a necessidade da permanente busca e do reger-se por princípios. Um movimento que dá sustentação à cultura, caminha na direção da correção de descompassos. É saída na superação da violência, correção para a ganância que gera o veneno da corrupção e a loucura da posse.
Este é o permanente desafio diante de um cenário que causa medo e que mina a convicção simples de que é bom ser bom. Vale lembrar, mais uma vez, o Papa Bento XVI quando diz que o encontro com uma Pessoa, Jesus Cristo, dá novo horizonte à vida e, com isso, uma orientação decisiva. É hora do diálogo com Jesus, para iluminar gestos que fazem a diferença.
Dom Walmor Oliveira Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte (MG) 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Festa de Nossa Senhora da Conceição 2011

Você é nosso convidado para participar mais um ano da tradicional Festa de Nossa Senhora da Conceição, padroeira dos Bairros: Alto São Severino, Liberdade, Boa Vista, Renascer e Antônio Linhares.

 "Com Maria, preparamos o nascimento do Salvador"

Programação Religiosa para hoje

Dia: 28/11/2011 - Segunda-feira

  • Chegada da Imagem à Capela
  • 19h - Missa de Abertura da Festa - Padre Francisco das Chagas Neto
  • Hasteamento das Bandeiras

Mensagem do Dia

Segunda, 28 de Novembro de 2011

Vamos hoje ofertar bons presentes?

Há bons presentes que podemos oferecer às pessoas e torná-las alegres e felizes, mas nenhum se compara a este: Pedir algo a Jesus por elas, como fez o oficial romano que pediu ao Senhor que curasse o seu empregado: “Senhor, o meu empregado está de cama, sofrendo terrivelmente com uma paralisia, Jesus respondeu: Vou curá-lo” (Mt 8,6-7).
Muitas vezes, encontramos as pessoas sorrindo e aparentemente bem, mas pode ser que interiormente estejam sofrendo terrivelmente a ponto de chorarem em silêncio.
Vamos hoje rezar por todas as pessoas que encontrarmos, sejam elas conhecidas ou não. Peçamos a Deus que as abençoe e as cure de todos os males.
Obrigada, Jesus, porque nos mostras o caminho da vida e nos ensina a viver de acordo com Tua vontade.
Jesus, eu confio em Vós!

Angelus de Bento XVI


Angelus
Praça de São Pedro - Vaticano
Domingo, 27 de novembro de 2011


Queridos irmãos e irmãs!

Hoje, iniciamos com toda a Igreja o novo Ano Litúrgico: um novo caminho de fé, a se viver unidos nas comunidades cristãs, mas também, como sempre, a se percorrer no interior da história do mundo, para abri-la ao mistério de Deus, à salvação que vem do seu amor. O Ano Litúrgico inicia com o Tempo do Advento: tempo estupendo em que se desperta nos corações a expectativa do retorno de Cristo e a memória da sua primeira vinda, quando se despojou da sua glória divina para assumir a nossa carne mortal.

"Vigiai!". Esse é o apelo de Jesus no Evangelho de hoje. Dirige-o não somente aos seus discípulos, mas a todos: "Vigiai!" (Mc 13,37). É um apelo salutar a recordar-nos que a vida não tem somente a dimensão terrena, mas é projetada rumo a um "além", como uma muda que brota da terra e abre-se para o céu. Uma muda pensante, o homem, dotada de liberdade e responsabilidade, pelo que cada um de nós será chamado a dar conta de como viveu, de como utilizou as próprias capacidades: se as reteve para si ou as fez desfrutar para o bem dos irmãos.

Também Isaías, o profeta do Advento, nos faz refletir hoje com uma oração sincera, destinada a Deus em nome do povo. Ele reconhece as faltas do seu povo e, em certo ponto, diz: "Não há ninguém para invocar vosso nome, para recuperar-se e a vós se afeiçoar, porque nos escondeis a vossa Face, e nos deixais ir a nossos pecados" (Is 64,6). Como não se sentir atingido por essa descrição? Parece refletir certos panoramas do mundo pós-moderno: as cidades onde a vida torna-se anônima e horizontal, onde Deus parece ausente e o homem o único patrão, como se fosse ele o artífice e o regente de tudo: as construções, o trabalho, a economia, os transportes, as ciências, a técnica, tudo parece depender somente do homem. E, às vezes, neste mundo que parece quase perfeito, acontecem coisas chocantes, ou na natureza, ou na sociedade, devido ao que nós pensamos que Deus tenha como que se retirado, tenha nos, por assim dizer, abandonado a nós mesmos.

Na realidade, o verdadeiro "patrão" do mundo não é o homem, mas Deus. O Evangelho diz: "Vigiai, pois, visto que não sabeis quando o senhor da casa voltará, se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que, vindo de repente, não vos encontre dormindo" (Mc 13,35-36). O Tempo do Advento vem a cada ano recordar-nos isso, para que a nossa vida reencontre a sua justa orientação, em direção ao rosto de Deus. O rosto não de um "patrão", mas de um Pai e de um Amigo. Com a Virgem Maria, que nos guia no caminho do Advento, façamos nossas as palavras do profeta. "Senhor, vós sois nosso pai; nós somos a argila da qual sois o oleiro: todos nós fomos modelados por vossas mãos" (Is 64,7).


Advento: Formações

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Meditando a chegada de Cristo, devemos buscar o arrependimento dos nossos pecados e preparar o nosso coração
O Ano Litúrgico começa com o Tempo do Advento; um tempo de preparação para a Festa do Natal de Jesus. Este foi o maior acontecimento da História: o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Dignou-se a assumir a nossa humanidade, sem deixar de ser Deus. Esse acontecimento precisa ser preparado e celebrado a cada ano. Nessas quatro semanas de preparação, somos convidados a esperar Jesus que vem no Natal e que vem no final dos tempos.

Nas duas primeiras semanas do Advento, a liturgia nos convida a vigiar e esperar a vinda gloriosa do Salvador. Um dia, o Senhor voltará para colocar um fim na História humana, mas o nosso encontro com Ele também está marcado para logo após a morte.

Nas duas últimas semanas, lembrando a espera dos profetas e de Maria, nós nos preparamos mais especialmente para celebrar o nascimento de Jesus em Belém. Os Profetas anunciaram esse acontecimento com riqueza de detalhes: nascerá da tribo de Judá, em Belém, a cidade de Davi; seu Reino não terá fim... Maria O esperou com zelo materno e O preparou para a missão terrena.

Para nos ajudar nesta preparação usa-se a Coroa do Advento, composta por 4 velas nos seus cantos – presas aos ramos formando um círculo. A cada domingo acende-se uma delas. As velas representam as várias etapas da salvação. Começa-se no 1º Domingo, acendendo apenas uma vela e à medida que vão passando os domingos, vamos acendendo as outras velas, até chegar o 4º Domingo, quando todas devem estar acesas. As velas acesas simbolizam nossa fé, nossa alegria. Elas são acesas em honra do Deus que vem a nós. Deus, a grande Luz, "a Luz que ilumina todo homem que vem a este mundo", está para chegar, então, nós O esperamos com luzes, porque O amamos e também queremos ser, como Ele, Luz.

No lº Domingo, há o perdão oferecido a Adão e Eva. Eles morreram na terra, mas viverão em Deus por Jesus Cristo. Sendo Deus, Jesus fez-se filho de Adão para salvar o seu pai terreno. Meditando a chegada de Cristo, que veio no Natal e que vai voltar no final da História, devemos buscar o arrependimento dos nossos pecados e preparar o nosso coração para o encontro com o Senhor. Para isso, nada melhor que uma boa Confissão, bem feita.

Até quando adiaremos a nossa profunda e sincera conversão para Deus?

No 2º Domingo, meditamos a fé dos Patriarcas. Eles acreditaram no dom da terra prometida. Pela fé, superaram todos os obstáculos e tomaram posse das Promessas de Deus. É uma oportunidade de meditarmos em nossa fé; nossa opção religiosa por Jesus Cristo; nosso amor e compromisso com a Santa Igreja Católica – instituída por Ele para levar a salvação a todos os homens de todos os tempos. Qual tem sido o meu papel e o meu lugar na Igreja? Tenho sido o missionário que Jesus espera de todo batizado para salvar o mundo?

No 3º Domingo, meditamos a alegria do rei Davi. Ele celebrou a aliança e sua perpetuidade. Davi é o rei imagem de Jesus, unificou o povo judeu sob seu reinado, como Cristo unificará o mundo todo sob seu comando. Cristo é Rei e veio para reinar; mas o seu Reino não é deste mundo; não se confunde com o “Reino do homem”; seu Reino começa neste mundo, mas se perpetua na eternidade, para onde devemos ter os olhos fixos, sem tirar os pés da terra.

No 4º Domingo, contemplamos o ensinamento dos Profetas: Eles anunciaram um Reino de paz e de justiça com a vinda do Messias. O Profeta Isaías apresenta o Senhor como o Deus Forte, o Conselheiro Admirável, o Príncipe da Paz. No seu Reino acabarão a guerra e o sofrimento; o boi comerá palha ao lado do leão; a criança de peito poderá colocar a mão na toca da serpente sem mal algum. É o Reino de Deus que o Menino nascido em Belém vem trazer: Reino de Paz, Verdade, Justiça, Liberdade, Amor e Santidade.

A Coroa do Advento é o primeiro anúncio do Natal. Ela é da cor verde, que simboliza a esperança e a vida, enfeitada com uma fita vermelha, simbolizando o amor de Deus que nos envolve e também a manifestação do nosso amor, que espera ansioso o nascimento do Filho de Deus.

O Tempo do Advento deve ser uma boa preparação para o Natal, deve ser marcado pela conversão de vida – algo fundamental para todo cristão. É um processo de vital importância no relacionamento do homem com Deus. O grande inimigo é a soberba, pois quem se julga justo e mais sábio do que Deus nunca se converterá. Quem se acha sem pecado, não é capaz de perdoar ao próximo, nem pede perdão a Deus.

Deus – ensinam os Profetas – não quer a morte do pecador, mas que este se converta e viva. Jesus quer o mesmo: “Eu vim para que todos tenham a vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Por isso Ele chamou os pecadores à conversão: “Convertei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus” (Mt 4,17); “convertei-vos e crede no Evangelho” ( Mc 1,15).

Natal do Senhor, este é o tempo favorável; este é o dia da salvação!
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Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br


O tempo do advento e suas características

O tempo do Advento é para toda a Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado.
O Advento começa às vésperas do Domingo mais próximo do dia 30 de Novembro e vai até as primeiras vésperas do Natal de Jesus contando quatro domingos.
Esse tempo possui duas características: Nas duas primeiras semanas, a nossa expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da história, no final dos tempos. As duas últimas semanas, dos dias 17 a 24 de Dezembro, visam em especial, a preparação para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós. Por isto, o Tempo do Advento é um tempo de piedosa e alegre expectativa. Uma das expressões desta alegria é o canto das chamada "Antífonas do Ó".

Teologia do advento

O Advento recorda a dimensão histórica da salvação, evidencia a dimensão escatológica do mistério cristão e nos insere no caráter missionário da vinda de Cristo.
Ao serem aprofundados os textos litúrgicos desse tempo, constata-se na história da humanidade o mistério da vinda do Senhor, Jesus, que de fato se encarna e se torna presença salvífica na história, confirmando a promessa e a aliança feita ao povo de Israel. Deus que, ao se fazer carne, plenifica o tempo (Gl 4,4) e torna próximo o Reino (Mc 1,15).
O Advento recorda também o Deus da Revelação. Aquele que é, que era e que vem (Ap 1, 4-8), que está sempre realizando a salvação mas cuja consumação se cumprirá no "dia do Senhor", no final dos tempos.
O caráter missionário do Advento manifesta-se na Igreja pelo anúncio do Reino e a sua acolhida pelo coração do homem até a manifestação gloriosa de Cristo. As figuras de João Batista e Maria são exemplos concretos da vida missionária de cada cristão, quer preparando o caminho do Senhor, quer levando o Cristo ao irmão para o santificar. Não se pode esquecer que toda a humanidade e a criação vivem em clima de advento, de ansiosa espera da manifestação cada vez mais visível do Reino de Deus.
A celebração do Advento é, portanto, um meio precioso e indispensável para nos ensinar sobre o mistério da salvação e assim termos a Jesus como referência e fundamento, dispondo-nos a "perder" a vida em favor do anúncio e instalação do Reino.

Espiritualidade do advento

A liturgia do Advento nos impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais cristãos, como a alegria expectante e vigilante, a esperança, a pobreza, a conversão. Deus é fiel a suas promessas: o Salvador virá; daí a alegre expectativa, que deve nesse tempo, não só ser lembrada, mas vivida, pois aquilo que se espera acontecerá com certeza. Portanto, não se está diante de algo irreal, fictício, passado, mas diante de uma realidade concreta e atual. A esperança da Igreja é a esperança de Israel já realizada em Cristo mas que só se consumará definitivamente na parusia (volta) do Senhor. Por isso, o brado da Igreja característico nesse tempo é "Marana tha"! Vem Senhor Jesus!
O tempo do Advento é tempo de esperança porque Cristo é a nossa esperança (I Tm 1, 1); esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna, esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante das perseguições, etc.
O Advento também é tempo propício à conversão. Sem um retorno de todo o ser a Cristo, não há como viver a alegria e a esperança na expectativa da Sua vinda. É necessário que "preparemos o caminho do Senhor" nas nossas próprias vidas, lutando incessantemente contra o pecado, através de uma maior disposição para a oração e mergulho na Palavra.
No Advento, precisamos nos questionar e aprofundar a vivência da pobreza. Não pobreza econômica, mas principalmente aquela que leva a confiar, se abandonar e depender inteiramente de Deus e não dos bens terrenos. Pobreza que tem n'Ele a única riqueza, a única esperança e que conduz à verdadeira humildade, mansidão e posse do Reino.

As figuras do advento

Isaías

Isaías é o profeta que, durante os tempos difíceis do exílio do povo eleito, levava a consolação e a esperança. Na segunda parte do seu livro, dos capítulos 40 - 55 (Livro da Consolação), anuncia a libertação, fala de um novo e glorioso êxodo e da criação de uma nova Jerusalém, reanimando assim os exilados.
As principais passagens deste livro são proclamadas durante o tempo do Advento num anúncio perene de esperança para os homens de todos os tempos. Ele que no capítulo 7 do seu livro já anuncia a vinda do Senhor

João Batista

É o último dos profetas e segundo o próprio Jesus, "mais que um profeta", "o maior entre os que nasceram de mulher", o mensageiro que veio diante d'Ele a fim de lhe preparar o caminho, anunciando a sua vinda (Lc 7, 26 - 28), pregando aos povos a conversão, pelo conhecimento da salvação e perdão dos pecados (Lc 1, 76s).
A figura de João Batista ao ser o precursor do Senhor e aponta como presença já estabelecida no meio do povo, encarna todo o espírito do Advento. Por isso ele ocupa um grande espaço na liturgia desse tempo, em especial no segundo e no terceiro domingo.
João Batista é o modelo dos que são consagrados a Deus e que, no mundo de hoje, são chamados a também ser profetas e profetisas do reino, vozes no deserto e caminho que sinaliza para o Senhor, permitindo, na própria vida, o crescimento de Jesus e a diminuição de si mesmo, levando, por sua vez os homens a despertar do torpor do pecado.

José


São José com Cristo nos braços
Nos textos bíblicos do Advento, se destaca José, esposo de Maria, o homem justo e humilde que aceita a missão de ser o pai adotivo de Jesus. Ao ser da descendência de Davi e pai legal de Jesus, José tem um lugar especial na encarnação, permitindo que se cumpra em Jesus o título messiânico de "Filho de Davi".
José é justo por causa de sua fé, modelo de fé dos que querem entrar em diálogo e comunhão com Deus.

A celebração do advento

O Advento deve ser celebrado com sobriedade e com discreta alegria. Não se canta o Glória, para que na festa do Natal, nos unamos aos anjos e entoemos este hino como algo novo, dando glória a Deus pela salvação que realiza no meio de nós. Pelo mesmo motivo, o diretório litúrgico da CNBB orienta que flores e instrumentos sejam usados com moderação, para que não seja antecipada a plena alegria do Natal de Jesus.
Os paramentos litúrgicos(casula, estola, dalmática, pluvial, cíngulo, etc) são de cor roxa, bem como o véu que recobre o ambão, a bolsa do corporal e o véu do cálice; como sinal de recolhimento e conversão em preparação para a festa do Natal. A única exceção é o terceiro domingo do Advento, Domingo Gaudete ou da Alegria, cuja cor tradicionalmente usada é a rósea, em substituição ao roxo, para revelar a alegria da vinda do Salvador que está bem próxima. Também os altares são ornados com rosas cor-de-rosa. O nome de Domingo Gaudete refere-se à primeira palavra do intróito deste dia, que é tirado da segunda leitura que diz: "Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito, alegrai-vos, pois o Senhor está perto"(Fl 4, 4). Também é chamado "Domingo mediano", por marcar a metade do Tempo do Advento, tendo analogia com o quarto domingo do Tempo da Quaresma, chamado Laetare.
No período do Advento são montados o Presépio, a Árvore de Natal e a Coroa do Advento.

Símbolos do Advento

Vários símbolos do Advento nos ajudam a mergulhar no mistério da encarnação e a vivenciar melhor este tempo. Entre eles há a coroa ou grinalda do Advento. Ela é feita de galhos sempre verdes entrelaçados, formando um círculo, no qual são colocadas 4 grandes velas representando as 4 semanas do Advento. A coroa pode ser, colocada ao lado do altar ou em qualquer outro lugar visível. A cada domingo uma vela é acesa; no 1° domingo uma, no segundo duas e assim por diante até serem acesas as 4 velas no 4° domingo. A luz nascente indica a proximidade do Natal, quando Cristo salvador e luz do mundo, brilhará para toda a humanidade, e representa também, nossa fé e nossa alegria pelo Deus que vem. A cor roxa das velas nos convida a purificar nossos corações em preparação para acolher o Cristo que vem. A vela de cor rosa, nos chama a alegria, pois o Senhor está próximo. Os detalhes dourados prefiguram a glória do Reino que virá.

A coroa de advento

A Coroa de advento.
Hoje, na Alemanha, a Coroa de Advento está dentro de Igrejas, de escolas e até de residências particulares. É impossível se imaginar os festejos de Advento sem a presença da referida e suas quatro velas queimando durante os 24 dias. Pois andei pesquisando a respeito. A Coroa de Advento não é antiga. Ela foi concebida em Hamburgo, há mais de cem anos. Havia muitas crianças órfãs naquela cidade portuária. Meninas e meninos sem teto que perambulavam pelas ruas pedindo esmolas. Conhecemos este “filme”.
As coisas não precisam ser sempre assim. Um pastor evangélico luterano morava naquela cidade. Seu coração pulsava por aquelas meninas e por aqueles meninos “sem eira nem beira”. Mexe daqui, puxa dali, ele construiu uma enorme casa onde passou a abrigar o máximo possível de crianças de rua. Naquela casa o povo miúdo tinha espaço para dormir e fazer suas refeições. Mais do que isso: tinha a chance de aprender uma profissão. Muitos saíram dali formados como sapateiros, desenhistas, costureiras e até jardineiros. A idéia era que, assim, não precisariam mais perambular pelas ruas pedindo esmolas, uma vez que juntavam seus próprios dinheiros a partir do suor do seu rosto.
Foi assim que, em 1833, nasceu a “Rauhes Haus” (Casa Rústica). O pastor visionário chamava-se Johann Heinrich Wichern (*1808 +1881). Todo ano ele celebrava o tempo de Advento com meditações, cânticos e reflexões que enfocavam este tempo bonito que antecede o Natal. Para contextualizar aqueles momentos o pastor Wichern pendurou uma roda velha, dessas que ainda hoje se vê em carroças, no teto na “Casa” que dirigia. No primeiro domingo de Advento colocou a primeira grande vela a queimar sobre a roda. Depois, nos seis dias seguintes, seis velas pequenas. Daí, no segundo domingo de Advento, novamente a segunda vela grande... Um dia antes do Natal queimavam 24 velas referida roda.
Corria o ano de 1840. As meninas e os meninos que moravam na referida casa gostavam muito daqueles encontros. A roda ia iluminando mais e mais a sala, a medida que o Natal se aproximava. Cada vela tinha o seu significado. Foram eles, as meninas e os meninos, que “batizaram” aquele tempo de “Meditação das Velas”. Passaram-se dois anos e aquela pequena Comunidade decidiu enfeitar a roda iluminada com ramos de pinheiro (sinal de vida). Foi assim que nasceu a primeira Coroa de Advento dentro da Igreja Luterana.
Muitas pessoas que visitavam a “Rauhes Haus” achavam aquele símbolo muito significativo. Como nas suas moradias particulares não havia muito espaço para uma Coroa de Advento com 24 velas, optaram por uma menor com quatro, uma para cada domingo. Viva o Advento, esse tempo no qual nos preparamos para receber a visita que vem: Jesus Cristo!

P. Renato Luiz Becker Par. São Mateus - Joinville - SC

A coroa está formada por uma grande quantidade de símbolos:

A forma circular

O círculo não tem princípio, nem fim. É sinal do amor de Deus que é eterno, sem princípio e nem fim, e também do nosso amor a Deus e ao próximo que nunca deve terminar. Além disso, o círculo dá uma idéia de “elo”, de união entre Deus e as pessoas, como uma grande “Aliança”.

As ramas verdes

Verde é a cor da esperança e da vida. Deus quer que esperemos a sua graça, o seu perdão misericordioso e a glória da vida eterna no final de nossa vida. Bênçãos que nos foram derramadas pelo Senhor Jesus, em sua primeira vinda entre nós, e que agora, com esperança renovada, aguardamos a sua consumação, na sua segunda e definitiva volta. O ramos dos pinheiros permanecem verdes apesar dos rigorosos invernos, assim como os cristãos devem manter fé e a esperança apesar das tribulações da vida.

A fita vermelha

A fita e o laço vermelho que envolvem a grinalda simbolizam o Amor de Deus ou o próprio Espírito Santo a embalar toda criação que é remida com a chegada de Jesus.

As bolas

As bolas simbolizam os frutos do Espírito Santo que brotam no coração de cada cristão.

As quatro velas

As quatro velas da coroa simbolizam, cada uma delas, uma das quatro semanas do Advento. No início, vemos nossa coroa sem luz e sem brilho. Nos recorda a experiência de escuridão do pecado. A medida em que se vai aproximando o Natal, vamos ao passo das semanas do Advento, acendendo uma a uma as quatro velas representando assim a chegada, em meio de nós, do Senhor Jesus, luz do mundo, quem dissipa toda escuridão, trazendo aos nossos corações a reconciliação tão esperada. A primeira vela lembra o perdão concedido a Adão e Eva. A segunda simboliza a fé de Abraão e dos outros Patriarcas, a quem foi anunciada a Terra Prometida. A terceira lembra a alegria do rei Davi que recebeu de Deus a promessa de uma aliança eterna. A quarta recorda os Profetas que anunciaram a chegada do Salvador.
As cores das velas do Advento são
Roxa, Roxa, Rosa e Roxa, podendo também serem adotadas velas com as seguintes cores: Roxa, Vermelha, Rosa e Verde ou até também Roxa Escura, Roxa Clara, Rosa e Branca.
Geralmente na Igreja Católica a cor das velas segue a cor das vestes litúrgicas do sacerdote, sendo assim, a cor roxa é usada no primeiro, segundo e quarto domingos do Advento simbolizando a conversão e penitência e, a cor rosa no terceiro domingo (Gaudete) simbolizando a alegria em meio à expectativa da chegada de Jesus.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Moções Proféticas 


Preocupações exageradas
 
 
 
 Preocupações exageradas
Quando Jesus nos deixou esse conselho tão sábio de não nos preocuparmos antecipadamente com o futuro, Ele não estava querendo dizer que não devemos nos preparar para o dia de amanhã e fazermos planos para o futuro, mas nos aconselhava a não ficarmos ansiosos e preocupados. O fardo de amanhã, acrescentado ao fardo de ontem e carregado hoje, faz com que desperdicemos energia, fiquemos nervosos e ansiosos e nos impedirá de ver a beleza e as oportunidades que o dia de hoje nos reserva.
Outro dia estava lendo um livro e deparei-me com umas palavras de Thomas Carlyle, um escritor e historiador escocês: “O nosso principal objetivo não é ver o que se encontra vagamente à distância, mas fazer o que se acha claramente ao nosso alcance.”                                                                  
O melhor meio de nos prepararmos para o futuro é nos concentrarmos com todo o nosso entusiasmo, com toda nossa inteligência, com todo nosso empenho no trabalho, ou nas atividades que estivermos realizando hoje, para que  sejam  o melhor possível.
Lembremos sempre que tudo o que fazemos nós o fazemos sob o olhar de Deus, então procuremos fazer tudo com amor, com zelo, guardando a fé no coração, considerando cada dia de nossa vida como um presente de Deus. Deveríamos começar o dia com a oração do Pai Nosso, onde nós pedimos ao Pai só o pão de cada dia, a sua bênção, a sua proteção, a sua providência para o dia de hoje.
Lembro também de um cântico que diz: “Um dia de cada vez”, onde se pede ao Senhor para nos ajudar a viver bem esse dia, viver com o coração agradecido, vivê-lo com a sua bênção e contando com a sua força.
Lembro ainda das palavras de um outro escritor e pensador,  Robert Louis Stevenson: “Todos podem carregar o seu fardo, por mais pesado que seja, até o cair da noite. Todos podem realizar o seu trabalho, por mais árduo que seja, durante um dia.Qualquer um pode viver, doce, paciente e amorosa e puramente até o pôr-do-sol. E isso é tudo o que a vida realmente significa.”
Cada dia constitui uma vida nova para aqueles que andam com o Senhor, pois a cada dia a sua misericórdia, o seu amor e a sua providência se renovam. Digamos como o salmista: “Este é o dia que o Senhor fez: seja para nós dia de alegria e de felicidade. Senhor, dai-nos a salvação; dai-nos a prosperidade, ó Senhor! “  Sal 117, 24-25. Que as palavras desse salmo e, principalmente, as palavras de Jesus nos motivem a viver cada dia de nossa vida como sendo um dia muito especial, um dia propício para celebrarmos a nossa fé em tudo que fizermos, em tudo que dissermos, em tudo o que nos acontecer.

 Formação

Repouso no Espírito e Renovação CarismáticaRepouso no Espírito e Renovação Carismática
Na Renovação Carismática, encontram-se várias manifestações do poder do Espírito Santo, que de início espantaram grandemente, mas que são agora mais facilmente admitidas como autênticas; é assim com o dom das línguas, das curas, a Efusão do Espírito, a imposição das mãos.
Mas há um fenômeno sobrenatural menos conhecido, que se torna cada vez mais frequente na Renovação Carismática: é o repouso no Espírito. Depois de um estudo atento sobressai, sem equívoco possível, que esta experiência encontra o seu fundamento na teologia.
Com efeito, o repouso no Espírito reveste-se das características do arrebatamento (que é uma espécie de êxtase) salvo na sua causa imediata, que é o pedido feito a Deus, numa oração apropriada.
Convém lembrar que se encontra uma situação semelhante no Batismo do Espírito. Com efeito, este favor espiritual era normalmente concedido àqueles que faziam progressos notáveis na vida espiritual, enquanto que agora é recebido até pelos pecadores, por vezes de um modo instantâneo, na sequência de uma oração feita por outros para esse fim. É assim, também, para o repouso no Espírito. Outrora, apenas se encontrava (pelo menos na maior parte das vezes) nas pessoas avançadas na vida espiritual; pelo contrário, nos nossos dias, a oração ao Espírito Santo obtém-no até para os pecadores.
Como é um arrebatamento, o repouso no Espírito é da mesma família da ordem extática, mas não arrasta consigo a santificação da pessoa nalguns instantes. Esta experiência mística é destinada a favorecer uma vida cristã mais fervorosa ou uma conversão do coração.
Habitualmente, o arrebatamento verifica-se em pessoas avançadas na vida espiritual, ou, como dizia Santa Teresa d'Ávila, que atingiram as sextas moradas do castelo interior. Não se chega, portanto, de um pulo, ao período do êxtase ou do arrebatamento; em geral este é precedido de uma série de etapas de contemplação infusa, das quais a menos elevada é chamada por Santa Teresa d'Ávila "oração de contemplação".
Lembremo-nos de que há três graus no êxtase:
1) O êxtase simples, quando este se produz lentamente, ou se não é muito forte;
2) O deslumbramento, quando o êxtase é súbito e violento;
3) O voo do espírito, quando, como diz Santa Teresa d'Ávila, "age de tal maneira que o espírito parece verdadeiramente sair do corpo".
Ora, as características do deslumbramento encontram-se no repouso no Espírito, salvo, evidentemente, o grau avançado de vida espiritual. Com efeito, acontece que Deus concede uma tal experiência espiritual a pessoas de virtude vulgar, ou a principiantes na vida espiritual, a fim de os atrair a Si.
O repouso no Espírito resulta, mais frequentemente, da imposição das mãos, ou pelo menos de um toque da mão na cabeça, embora esse gesto não seja sempre necessário. A pessoa começa a vacilar, para finalmente cair devagarinho para trás. Esta queda é causada por uma graça tão poderosa do Espírito Santo que o corpo já não pode suportá-la e, então, as suas forças abandonam-no. Contudo, é preciso esclarecer que a queda não é obrigatória e não condiciona, necessariamente, a recepção da graça. Por outro lado, aqueles que não "caem" são afetados por uma vertigem não desagradável, tremuras ou pernas debilitadas, mas estas manifestações físicas são impregnadas de doçura e de paz. A sensação interior de repouso no Espírito parece existir também nas pessoas que não caem.
Repouso no Espírito e Missão Divina
O repouso no Espírito supõe uma nova efusão do Espírito Santo ou, mais precisamente, como se chama em teologia, uma nova missão deste Espírito Divino. Lembremos que as Missões Divinas, quer dizer, o envio das Pessoas do Filho e do Espírito Santo, podem ser visíveis ou invisíveis. Estas últimas constituem as principais modalidades da ação santificadora da Trindade Santa nas nossas almas.
Quanto ao repouso no Espírito, não é uma nova vinda da Pessoa do Espírito Santo, já recebida no Batismo; pelo contrário, consiste numa nova efusão das suas graças e das suas manifestações. Esta nova efusão do Espírito Santo realiza, então, uma renovação real da relação da pessoa com o Espírito Santo que já a habita e uma experiência de Deus mais íntima, que se abre num conhecimento amoroso mais ardente.
O repouso no Espírito é, portanto, o efeito de uma missão divina, porque comporta o progresso na vida espiritual e porque constitui um novo estado de graça santificante.
Repouso e Batismo no Espírito
O repouso no Espírito resulta, portanto, de uma nova efusão do Espírito Santo, mas de um gênero diferente da que o Batismo no Espírito provoca. Com efeito, a experiência espiritual do repouso no Espírito parece realizar-se, sobretudo, ao nível da inteligência. Pelo contrário, o Batismo no Espírito verifica-se, em especial, ao nível da afetividade.
O repouso no Espírito desenvolve consideravelmente a acuidade intelectual, no sentido em que a atenção é mais levada para a experiência atual da intimidade divina. A consciência é amplificada, mas é desviada das realidades exteriores e é mais centrada na realidade sobrenatural. Por outro lado, os limites pessoais podem, também, tornarem-se mais manifestos. Há, portanto, um engrandecimento da lucidez interior sobre Deus e sobre si próprio.
O repouso no Espírito é um arrebatamento que interrompe o conhecimento que se pode adquirir por si próprio. O Espírito Santo não faz, portanto, um vazio na inteligência, mas suspende temporariamente a sua atividade, fixando-a em Deus. É isto que se chama, em teologia mística, a "ligação das faculdades".
Tudo o que a alma conhece pelas suas próprias forças não é nada, em comparação com os conhecimentos abundantes e rápidos que lhe são comunicados durante os arrebatamentos. O repouso no Espírito é frequentemente acompanhado de luzes especiais e novas, que se dirigem para Deus, para o Cristo, para a sua misericórdia, para o valor da vida cristã, para os pecados, para os defeitos, os insucessos, etc. Estas luzes não acontecem sempre explicitamente durante o repouso no Espírito, mas a sua compreensão desenvolve-se ao longo das horas ou dos dias que se seguem à experiência.
Durante os arrebatamentos e, portanto, durante o repouso no Espírito, Deus revela segredos de ordem sobrenatural; habitualmente, sente-se que a inteligência cresce, que há um aumento das faculdades superiores. Acodem ao espírito ideias profundas, mas é impossível explicá-las com detalhe e com precisão. Isto advém do fato não de que a inteligência estivesse como que adormecida, mas de que foi elevada a verdades que ultrapassam a capacidade do espírito humano.
Enquanto a inteligência conhece uma dilatação prodigiosa, a atividade da imaginação está suspensa durante os períodos culminantes. Quanto mais a luz é forte, mais a alma se sente encandeada, cega. Por outro lado, se ficarmos somente pelas aparências, o repouso no Espírito pode apresentar algumas semelhanças com os estados parapsicológicos, como os estados hipnóticos, histéricos, mediúnicos, magnéticos, letárgicos, cataléticos... Contudo, a semelhança é apenas exterior; apresenta-se somente nos fenómenos corporais, que têm relativamente pouca importância no repouso no Espírito. Quanto à sugestibilidade, pode, por vezes, contribuir para provocar o repouso no Espírito; contudo, não se deve exagerar a sua importância. De qualquer maneira, é impossível que a sugestão, por si própria, possa provocar uma reação tão violenta e tão súbita como o repouso no Espírito.
Repouso no Espírito e incapacidade corporal
O repouso no Espírito traduz-se, habitualmente, por uma incapacidade corporal. A pessoa começa por vacilar, para finalmente cair suavemente para trás; a energia física desvanece-se. A pessoa está como que ofuscada pela intensidade da presença interior do Espírito Santo. Há, então, incapacidade de adaptar o psiquismo e os sentidos a uma experiência espiritual tão intensa.
Em termos técnicos, pode dizer-se que, no decurso do repouso no Espírito, só o "Pneuma" se liberta para se "aquecer" no seio do Pai, enquanto que a "psique" está como que ligada desde que se deu a "invasão" do corpo pelo Espírito Santo. Enquanto a pessoa "repousa" no chão, parece estar num meio-sono, banhada numa grande paz. Terá, por vezes, a impressão de estar como num outro mundo, ou ainda, como do lado de fora do seu corpo. Saboreia uma grande alegria interior, um amor de Deus muito intenso, a que se junta por vezes uma cura física ou interior, ou opera-se uma conversão profunda. O repouso no Espírito dá, frequentemente, forças novas ao corpo e ao espírito, tal como o sono natural regenera as forças corporais. O repouso no Espírito é uma inibição reparadora.
Quanto à duração, vai de alguns segundos até algumas horas. Quanto mais tempo dura, mais a influência divina é susceptível de ser profunda. A maior parte das pessoas deseja não ser incomodada, a fim de saborear esta presença invulgar de Deus.
Como recebê-lo
De uma maneira geral, pode dizer-se que uma pessoa que está habitualmente aberta às inspirações do Espírito Santo, esteja ou não avançada na vida espiritual, está mais disposta ao repouso no Espírito. Pode notar-se, contudo, uma diferença: é que a pessoa avançada continuará tranquila e sossegada, enquanto que a outra estará sujeita à emoção.
Se o repouso no Espírito não se produz, a pessoa poderá, até mesmo, ser santa e habituada à influência do Espírito. De qualquer maneira, é preciso evitar fazer um julgamento geral sobre as pessoas que recebem o repouso no Espírito e as que não recebem. Mas, em poucas palavras, pode dizer-se que apenas não se recebe o repouso no Espírito porque se resiste, recusando-o, ou então porque se está habituado à ação do Espírito em si próprio.
Por outro lado, o repouso no Espírito sobrevém, a maior parte das vezes, na oração. Pode tratar-se de um grupo de pessoas, mais ou menos considerável, reunido para uma oração comum, seja litúrgica, seja carismática; mas uma ocasião muito favorável é a celebração eucarística, especialmente depois da santa comunhão. Quanto mais a atmosfera está impregnada de oração, mais o repouso no Espírito se manifesta, por vezes mesmo sem as que as pessoas sejam tocadas por outras. A oração de louvor é uma causa particularmente eficaz do repouso no Espírito. Este repouso também se produz, muitas vezes, a seguir a um ministério de pregação, confinante a orações de cura. Convém assegurar um clima tranquilo na assembleia e evitar a exaltação da assistência e toda a procura de espetáculo.

Pe. O. Melançon, CSC

CONGRESSO DIOCESANO DA RCC
















ATENÇÃO SERVOS Esse ano o congresso Diocesano será diferente! Então atenção. SEXTA 25/11 às 19hs - Missa de Abertura na Capela Divino Espírito Santo SÁBADO 26/11 às 14hs - Retiro fechado para os servos da RCC, à noite workshop dos Ministérios. DOMINGO 27/11 às 07hs - Congresso aberto à todos. VOCÊ NÃO PODE PERDER ESSE MOMENTO DE GRAÇA, DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO E FORMAÇÃO. ENTRADA:R$ 2,00 Local: Centro de Evangelização Pe. Guido Tonelotto. DIVULGUE ESSE ENCONTRO TAMBÉM É S...

Criatividade e ousadia: projetos de alunos da Escola de Formação
Conheça alguns planos de ação criados e desenvolvidos pelos participantes da Escola Nacional de Formação para Líderes e Missionários da RCCBRASIL
A Escola Nacional de Formação para Líderes e Missionários é um espaço de aprendizado e oração. Mas também de criatividade e ousadia: lá os alunos são convidados e incentivados a pensarem projetos missionários, que possam fazer a diferença em suas realidades eclesiais.
Desde 2010, já foram realizadas três edições da Escola Nacional de Formação – e já tivemos os primeiros formados! Mas os projetos brotam desde a primeira etapa...
A coordenadora nacional do Ministério de Formação e diretora da Escola, Lucimar Maziero, a pedido do Portal RCCBRASIL, separou alguns deles, de diversos pontos do país para que possamos mostrar como a formação pode levar a uma ação mais concreta.
Escola Estadual

No Amapá, a formação encontrou eco. A proposta do grupo de amapaenses presentes na Escola Nacional motivou-os a pensar em uma escola missionária no estado de origem. A formação de lideranças levaria, segundo eles, a um fortalecimento do Movimento, além de expandi-lo para outras cidades. Dentro da ideia, até mesmo uma ação missionária na fronteira internacional do estado – com as Guianas e o Suriname – seria levada adiante e também a criação de uma base de missão no Oiapoque. A execução do projeto se dará até 2013.
Diagnóstico e pastoreio

Reconstrução da identidade da RCC. Com este propósito, o grupo da Arquidiocese de Cuiabá/MT pensou e levou adiante o seu projeto. Em consonância com a moção da construção e reconstrução, a ideia consiste em uma ação de diagnóstico e pastoreio dos Grupos de Oração da Igreja da região. Assim, através do incentivo, os Grupos poderiam começar a caminhar dentro da unidade do Movimento.
Intercessão

Os alunos vindos da diocese de Corumbá/MS propuseram seu plano de ação voltado para o Ministério de Intercessão, que, segundo eles, é a mola propulsora do Grupo de Oração. O projeto atingiria os intercessores, incentivando-os a um crescimento nas práticas espirituais e na sua capacitação e formação.
Evangelização da juventude

O grupo vindo da arquidiocese de Maringá/PR pensou e executou uma série de eventos e encontros voltados para a juventude, em um projeto a que chamaram “Desperta Jovem”. A programação incluiu visita aos Grupos de Oração, encontro e evangelização através de missão nos dias de vestibular, arrastão pelo centro da cidade e luau. A avaliação foi positiva e o projeto gerou frutos dentro do Ministério Jovem da região.
INSCRIÇÕES ABERTAS

Mais uma edição da Escola Nacional de Formação se aproxima. Ela ocorrerá após o ENF 2012, de 4 a 14 de fevereiro, no município de Araucária/PR, região metropolitana de Curitiba. Baseada nos pilares da formação, oração, missão e vivência fraterna, a escola proporciona aos estudantes momentos de aprendizado e espiritualidade intensos, para que retornem às suas realidades com mais vigor para o trabalho eclesial.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Ministério de Formação


O Ministério de Formação surgiu da necessidade de formação permanente daqueles que estão no serviço do Senhor dentro da RCC. O objetivo deste ministério é formar os líderes / servos para que atuem na RCC capacitados e renovados em suas identidade, unidade e missão.

Mensagem do Dia

Quinta, 24 de Novembro de 2011

O mistério do sofrimento

“O sangue de Cristo, ao mesmo tempo que revela a grandeza do amor do Pai, manifesta também como o homem é precioso aos olhos de Deus e quão inestimável seja o valor de sua vida” (João Paulo II).
Paremos para refletir, neste dia, quantos não foram os momentos de dor em nossas vidas, nos quais pensamos: “Eu não vou suportar”, “Eu não mereço este sofrimento”, “Por que tenho de passar por isso?”, “O que fiz de errado?”, “Isso parece um castigo”…
Irmãos, que não sejamos “engolidos” pela atual mentalidade do mundo que se baseia no materialismo prático, na busca do prazer, do ter e no individualismo. As contradições, tribulações e constrangimentos pelos quais passamos em nossa vida são assumidos plenamente por Jesus:
“Sendo rico, fez-se pobre por vós, a fim de vos enriquecer pela pobreza” (II Cor 8,9)
No sofrimento, Jesus realiza plenamente o sentido da nossa existência, porque ninguém como Ele assumiu para si todas as nossas dores, salvando-nos para a vida eterna.
Descobrir o mistério do sofrimento é nos abrirmos para um bem maior: o dom de irmos até o outro, de vencermos nossos preconceitos e de amarmos e valorizarmos a vida!
O sofrimento é uma escola de santidade; é experimentar a misericórdia de Deus, a dignidade e a força salvífica oriundas d’Ele.
Jesus, eu confio em Vós!


Não se deixe afundar no desespero porque Jesus virá

Postado por: homilia

Estamos nos últimos dias da vida terrena de Jesus, após a Sua entrada triunfal em Jerusalém. Cristo está completando a catequese dos discípulos e, nesse contexto, anuncia-lhes tempos difíceis de perseguição e de martírio. Avisa-os, também, de que a própria cidade de Jerusalém será, proximamente, sitiada e destruída. Ora, é neste contexto e nesta sequência que aparece o texto do Evangelho de hoje.
A peça fundamental à volta da qual se estrutura o Evangelho de hoje está na referência à vinda do Filho do Homem com grande poder e glória e no convite a cobrar ânimo e a levantar a cabeça porque a libertação está próxima. A palavra libertação é uma palavra característica da teologia paulina (cf. I Cor 1,30; cf. Rom 3,24; 8,23; Col 1,14), na qual é usada para definir o resultado da ação redentora de Jesus em favor dos homens.
O projeto de salvação/libertação da humanidade, concretizado nas palavras e nos gestos de Jesus Cristo, é apresentado como o resgate de uma humanidade prisioneira do egoísmo, do pecado e da morte. Trata-se, portanto, da libertação de tudo o que escraviza os homens e os impede de viver na dignidade de filhos de Deus.
A mensagem proposta aos discípulos é clara: um caminho marcado pelo sofrimento e pela perseguição os espera. No entanto, não devem se deixar afundar no desespero porque Jesus virá. Com a vinda gloriosa de Nosso Senhor Jesus Cristo (de ontem, de hoje, de amanhã), cessará a escravidão insuportável que os impede de conhecer a vida em plenitude e nascerá um mundo novo, de alegria e de felicidade plenas.
Os “sinais” catastróficos apresentados não são um quadro do fim do mundo. São imagens utilizadas pelos profetas para falar do “Dia do Senhor”, isto é, o dia em que Deus vai intervir na história para libertar definitivamente o Seu povo da escravidão, inaugurando uma era de vida, de fecundidade e de paz sem fim. O quadro destina-se, portanto, não para amedrontar, mas para abrir os corações à esperança. Quando Jesus vier com a Sua autoridade soberana, o mundo velho do egoísmo e da escravidão cairá e surgirá o dia novo da salvação/libertação sem fim.
Há, ainda, um convite à vigilância: é necessário manter uma atenção constante a fim de que as preocupações terrenas e as cadeias escravizantes não impeçam os discípulos de reconhecer e de acolher o Senhor que vem.
A reflexão acerca do Evangelho de hoje pode tocar, entre outros, o seguinte ponto: a realidade da história humana está marcada pelas nossas limitações, pelo nosso egoísmo, pela destruição do planeta, pela escravidão, pela guerra e pelo ódio, pela prepotência dos senhores do mundo.
Quantos milhões de homens conhecem, dia a dia, um quadro de miséria e de sofrimento que os torna escravos, roubando-lhes a vida e a dignidade. A Palavra de Deus que hoje nos é servida abre a porta à esperança e grita a todos os que vivem na escravidão: “Alegrai-vos, pois a vossa libertação está próxima!”
Com a vinda próxima de Jesus, o projeto de salvação/libertação de Deus vai tornar-se uma realidade viva. O mundo velho vai converter-se numa nova realidade de vida e de felicidade para todos.
No entanto, a salvação/libertação que há-de transformar as nossas existências não é uma realidade que deva ser esperada de braços cruzados. É preciso “estar atento” a essa salvação que nos é oferecida como dom, e aceitá-la.
Jesus virá. Mas é necessário reconhecê-Lo nos sinais da história, no rosto dos irmãos, nos apelos dos que sofrem e que buscam a libertação. É preciso, também, ter a vontade e a liberdade de acolher o dom de Cristo e deixar que Ele nos transforme.
É preciso, ainda, ter presente que este mundo novo – que está permanentemente a fazer-se e depende do nosso testemunho – nunca será uma realidade plena nesta terra, mas sim uma realidade escatológica, cuja plenitude só acontecerá depois de Cristo, o Senhor, haver destruído definitivamente o mal que nos torna escravos.
Padre Bantu Mendonça

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Mensagem do Dia

Levante a cabeça porque Jesus Cristo ressuscitou

“Prestai atenção, caríssimos: o mistério pascal é, ao mesmo tempo, novo e antigo; eterno e transitório; corruptível e incorruptível; mortal e imortal.
O Senhor, sendo Deus, fez-se homem e sofreu por aquele que sofria; foi encarcerado em lugar do prisioneiro, condenado em vez do criminoso e sepultado em vez do que jazia no sepulcro; ressuscitou dentre os mortos e clamou com voz poderosa: Quem é que me condena? Que de mim se aproxime (cf. Is 50,8). Eu libertei o condenado, dei vida ao morto, ressuscitei o que estava sepultado. Quem pode me contradizer?
Eu sou Cristo, diz Ele, que destruí a morte, triunfei do inimigo, calquei aos pés o inferno, prendi o violento e arrebatei o homem para as alturas dos céus. Eu, diz Ele, sou Cristo.
Vinde, pois, todas as nações da terra oprimidas pelo pecado e recebei o perdão. Eu vos conduzirei para as alturas, vos ressuscitarei e vos mostrarei o Pai que está nos céus; eu vos levantarei com a Minha mão direita” (Melitão, bispo de sardes).
É tempo de levantar as mãos para o céu e erguer a cabeça, porque Jesus Cristo ressuscitou e, com Ele, também ressuscitaremos.
Jesus, eu confio em Vós!

Todo poder tem como arma a ostentação de riqueza

Postado por: homilia


O Templo era a sede do Judaísmo no tempo de Jesus. E Ele já denunciara que o Templo se tornara um antro de ladrões. Sua Palavra sobre a destruição do Templo, além do fato histórico, tem o sentido do abandono da antiga doutrina emanada do Templo para dar lugar à novidade de Jesus. As religiões excludentes, que consolidam grupos privilegiados religiosos ou raciais, são descartadas para a grande revelação do Deus de amor universal, que chama a Si todos os povos e raças, comunicando-lhes Sua vida divina e eterna.
A fala de Jesus é motivada pela admiração que a grandiosidade do Templo causava nas pessoas. Todo poder tem como arma a ostentação de riqueza. A ostentação do Templo levava as pessoas a admirarem, se curvarem e se submeterem. Porém, toda ostentação será destruída, pedra por pedra, torre por torre.
Após a menção do Templo, Jesus descarta que o advento de falsos profetas ou de guerras e revoluções sejam sinais da proximidade do fim.
Assim, os discípulos devem despertar para a presença atual do Filho do Homem, na pessoa de Jesus, transformando o mundo por Sua Palavra e sua prática amorosa.
Pai, Seu Filho Jesus é sinal de Sua presença no meio da humanidade. Que eu saiba acolhê-Lo como manifestação de Sua misericórdia e só n’Ele colocar toda a minha segurança, pois o cenário deste mundo passará e deixará ruínas. Só no céu encontraremos todas as belezas eternas.
Padre Bantu Mendonça


Formações

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Cristo Rei

Optar por Cristo é a decisão mais inteligente que qualquer pessoa possa fazer
"Deus eterno e todo-poderoso, que dispusestes restaurar todas as coisas no vosso amado Filho, rei do universo, fazei que todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo à vossa majestade, vos glorifiquem eternamente". Assim reza a Igreja na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.

Há um plano de Deus para o mundo, como o projeto de um artista, que quer elaborar sua obra prima. De fato, nada foi feito para ser destruído ou cancelado, mas tudo para a felicidade de todos os seres humanos. É privilégio para todos nós tomar consciência de que a criação de Deus chegou ao seu ponto mais alto quando, na descrição lindamente poética e verdadeira dos primeiros capítulos do Livro do Gênesis, foi no último dia que Deus fez o homem e a mulher à sua imagem e semelhança: inteligência, vontade e capacidade para amar! Imagem e semelhança da Trindade Santa, Deus que, desde toda a eternidade, é Pai e Filho e Espírito Santo.

Em Cristo, Deus nos escolheu, antes da fundação do mundo, para sermos santos e imaculados diante dele, no amor. Ele nos fez conhecer o mistério de sua vontade, segundo o desígnio benevolente que formou desde sempre em Cristo, para realizá-lo na plenitude dos tempos: restaurar tudo em Cristo, tudo o que existe no céu e na terra. (Cf. Ef 1, 1-14). Todas as realidades humanas encontram em Cristo sua realização e seu aperfeiçoamento. A nós, homens e mulheres cristãos, cabe fazer tudo para que toda a criação se encontre em Cristo e nele se realize plenamente. De fato, toda a criação espera ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus (Cf. Rm 8, 19).

Jesus veio para a Galileia, proclamando a Boa Nova de Deus: "Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede na Boa-Nova" (Cf. Mc 1, 14-15). Cristo é em primeiro lugar rei dos nossos corações e chama a uma mudança de mentalidade, conversão. Seu poder não se equipara aos de qualquer lugar do mundo ou época da história, mas supera todos eles e lhes dá a possibilidade de se transformarem em instrumento de serviço ao bem comum.

Chama-se "Reino de Deus" a paixão de Jesus Cristo, que perpassa o Evangelho, ilumina as parábolas "do Reino", contadas por ele, coloca-o diante dos poderes de seu tempo, com a força para dizer que não é do mundo o "seu" Reino (Jo 18, 36). Não é do mundo, mas atua e transforma o mundo! Este Reino não terá fim, e, já presente aqui e agora, chegará à sua plena manifestação quando Deus for tudo em todos! Para lá caminhamos, este é o nosso sonho, é o projeto que catalisa todos os esforços dos cristãos, para que sejam atuantes na história do mundo.

Optar por Cristo é a decisão mais inteligente que qualquer pessoa possa fazer. Quando existem homens e mulheres renovados no Espírito Santo, estes serão agentes de mudança, suscitando crescimento qualitativo no relacionamento ente as pessoas. Esta escolha abre estrada para a libertação das muitas amarras que escravizam as pessoas. Quem segue Jesus Cristo escolhe valores diferentes daqueles que comumente norteiam as ações de muitas pessoas. A Missa da Solenidade de Cristo Rei no-los descreve: "Reino eterno e universal, reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça, do amor e da paz".

Tais pessoas servem à majestade de Deus. Ainda que as imagens dos palácios de todos os tempos possam influenciar na compreensão da expressão, trata-se, sim, de prostrar-se diante de Deus e servi-lo. E servir a Deus é reinar e transformar o relacionamento entre as pessoas. É sair do círculo vicioso da incansável luta pelo poder de todos os tempos. Só quando nos inclinamos diante do poder de Deus é que descobrimos a estrada da realização plena da humanidade. A glorificação eterna de Deus é meta e caminho. Sem escolher a Deus como Senhor de nossas vidas, os reinos que disputam dentro e em torno de nós continuarão a ganhar as porções de nossa dignidade e de nossa felicidade.

Venha a nós o vosso Reino! Vinde, Senhor Jesus!
Foto Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA
Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA.