quinta-feira, 31 de março de 2011

Mensagem do Dia

 O amor a Deus passa pelo amor ao próximo

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Jesus passou por esta vida fazendo o bem, porém, os fariseus não compreenderam de tão bloqueados que estavam. Embora todos vissem que: “Jesus pregava a Boa Nova, anunciava o Reino, e curava toda espécie de doença entre o povo” (cf. Mt 4,23). A ideia fixa dos inimigos do Senhor era de que Ele deveria morrer.
O mal quer sufocar o bem, porque não suporta a caridade; esse é o grande perigo da busca pessoal e egoísta do prazer e do poder que pode atingir nosso coração. A verdade está somente em Deus e no poder de Sua salvação. Façamos o bem enquanto temos tempo!
Para que consigamos atingir esse objetivo [de praticar o bem] precisamos colocar tudo em oração, clamando ao Espírito Santo que nos socorra. Não sabemos como agir nem o que é melhor para nós, por essa razão, muitas vezes, ficamos inseguros, indecisos e até deprimidos. No entanto, nossa vida muda quando cremos verdadeiramente no Senhor e em Seu amor por nós, permitindo que Ele conduza nossos passos.
Tenho feito a experiência de ouvir o Senhor em todas as situações; quanta luz tem surgido nas situações mais difíceis de minha vida, para as quais parecia não haver saída. Diante dos problemas, adotei a postura de louvar a Deus, porque o louvor abre as portas para a solução.
Não nos deixemos conduzir pelo egoísmo, nem pelo desânimo ou pela incredulidade, porque o Senhor está conosco em todas as ocasiões.
Jesus, eu confio em Vós! 


O ROSTO DA SANTIDADE 

(Moçoes Proféticas para a RCC Brasil) 

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"Se, portanto, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas lá de cima, e não às da terra.” Col 3,1-2 

 Relendo algumas anotações antigas em busca de moções vindas do Senhor para nós, encontrei um convite renovado à vida de santidade que nos foi feito no ano de 2006. Durante a homilia, num dos dias do Congresso Nacional, Dom Alberto Taveira, nosso diretor espiritual, nos convidou a renovarmos o comprometimento com a santidade. Ele nos perguntava: “Qual é o rosto da santidade? “A resposta ele mesmo nos dava: “O rosto da santidade para o outro é você: oração, bom humor, serviço, vida centrada na Palavra, silêncio, perdão. O rosto da santidade é piedade, temor a Deus, religiosidade. O rosto da santidade é um caminho e o roteiro para esse caminho está em Romanos 12 e Colossenses 3”.

Dom Alberto nos dizia, ainda, que devemos buscar as coisas do alto,não nivelar a vida pela maldade,pela mentira, pela corrupção, e que devemos tomar a decisão dentro do coração de sermos santos,vivendo bem cada momento presente, fazendo bem cada coisa. Agindo assim, dizia Dom Alberto, a pessoa se equilibra e faz um caminho de santidade.
Ele lembrava, também, as palavras do Papa Pio XII por ocasião da canonização de Santa Maria Goretti:“ Nem todos são chamados ao martírio,mas todos são chamados a praticar as virtudes cristãs, cuidado, atenção, mantido até o fim da vida, como conta gotas de santidade, cada um na sua condição de vida, sempre seguindo os passos da santa generosidade, da vontade firme e das boas obras".
Finalizo esta moção, que é um renovar do convite da nossa vocação, lembrando o que nos falava João Paulo II no número 31 da Novo Millennio Ineunte, quando ele nos exortava a buscar a “ medida alta da vida cristã ordinária, a santidade". E ele nos dizia , ainda, que na oração cada um aprende de Jesus como se tornar santo na sua situação de vida atual,que na oração cada um recebe do Pai os meios para aderir ao programa de sua santidade.
Tomemos essas palavras de nossos pais e pastores como verdadeira moção de vida para nós: na oração, na vivência da Palavra, aprenderemos de Deus ser santos dentro da nossa situação atual e poderemos ser o rosto da santidade para o mundo, talvez até motivando os outros a serem santos também.
Fonte: http://www.rccbrasil.

Pai perdoa assassino das filhas

Um exemplo de fé e perdão tornou-se notícia no país. Na cidade de Cunha, no interior de São Paulo, o assassinato de duas irmãs causou comoção. E diante do sofrimento, a família deu um grande testemunho de misericórdia.

As meninas foram vistas, pela última vez, no último dia 23, e seu corpos foram encontrados nesta segunda-feira, 28.

As fotos das duas adolescentes ainda enfeitam a cama onde Josely, de 16 anos, e Juliana, de 15, dormiam. O pai, José Benedito, ainda relembra cada detalhe que as filhas deixaram antes de desaparecerem.

Na quarta-feira, 23, as duas jovens desceram do ônibus escolar, por volta das 18h30. A casa da família fica a mais ou menos 1,5 km do ponto. Quando os pais chegaram para encontrar com elas, cerca de 20 minutos depois, as duas adolescentes já haviam desaparecido.

Nesta segunda-feira, 28, a busca pelas jovens acabou. Elas foram encontradas mortas há oito quilômetros do local onde foram vistas pela ultima vez. O sepultamento aconteceu na manhã de terça-feria, 29, e reuniu mais de mil pessoas.

Em meio a tanto sofrimento, a fé de um pai desolado emociona:

“Está aumentando cada vez mais a fé em mim e jamais isto que aconteceu para mim vai nos derrotar. Eu peço a Deus e Nossa Senhora que aumente, a cada dia, a minha fé”.

Fé que realiza milagres. Até garantir o perdão ao que parecia imperdoável:

“Eu perdoo de todo o meu coração. Quem sou eu para dizer que não perdoo? A gente não é nada para julgar as pessoas. Eu só quero que ele se converta”.

A conversão do criminoso que assassinou cruelmente duas das três filhas é a principal prece do trabalhador rural:

“Se este indivíduo tiver ouvindo e vendo agora, eu peço que ele amoleça o coração e não faça nada disso para mais ninguém”.

O vazio da casa é o mesmo do coração do pai, mas ele sabe como amenizar:

“Temos que orar mesmo que elas se foram, mesmo com derrota ou sem derrota, com vitória ou sem vitória, a gente não deve deixar e orar e pedir a Deus, porque só ele é o refúgio e a força”. 



Formações

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As ameaças contra a família

A mentalidade consumista e antinatalista é uma ameaça
No Sínodo dos Bispos, em 1980, sobre a família, os Bispos apontaram os pontos mais preocupantes: "A proliferação do divórcio e do recurso a uma nova união por parte dos mesmos fiéis; a aceitação do matrimônio meramente civil, em contradição com a vocação dos batizados 'a casarem-se no Senhor' (1 Cor7, 39), a celebração do matrimônio sem uma fé viva, mas por outros motivos; a recusa das normas morais que guiam e promovem o exercício humano e cristão da sexualidade no matrimônio" (Familiaris Consórtio,7).
Na Carta às Famílias, escrita em 1994, no Ano da Família, o Papa João Paulo II afirmou:
"Nos nossos dias, infelizmente, vários programas sustentados por meios muito poderosos parecem apostados na desagregação da família. Muitas vezes até parece que se procura, de todas as formas possíveis, apresentar como 'regulares' e atraentes, conferindo-lhes externas aparências de fascínio, situações que, de fato, são 'irregulares' [...]. Fica obscurecida a consciência moral, aparece deformado o que é verdadeiro, bom e belo, e a liberdade acaba suplantada por uma verdadeira e própria escravidão" (CF, 5).
Mostrando que a mentalidade consumista e antinatalista é uma ameaça à família, o saudoso Pontífice declara:
"(...) uma civilização, inspirada numa mentalidade consumista e antinatalista, não é uma civilização do amor e nem o poderá ser nunca. (FC 13).
Mostrando os riscos que o "amor livre" e o "sexo seguro" representam hoje para a família, o Santo Padre adverte:
"O chamado 'sexo seguro', propagandeado pela civilização técnica, na realidade é, sob o perfil das exigências globais da pessoa, 'radicalmente não seguro', e mais, gravemente perigoso.
"Sem dúvida, contrário à civilização do amor é o chamado 'amor livre', tanto mais perigoso por ser habitualmente proposto como fruto de um sentimento 'verdadeiro', quando, efetivamente destrói o amor. Quantas famílias foram levadas à ruína precisamente por causa do 'amor livre! [...]. Mas não se tomam em consideração todas as consequências que daí derivam, especialmente, quando além do cônjuge, devem pagá-los os filhos, privados do pai ou da mãe e condenados a serem, de fato, 'órfãos de pais vivos' " (CF, 14).
Quando, em 1994, justo no Ano da Família (pasmem!), o Parlamento Europeu, tristemente, reconheceu a validade jurídica dos matrimônios entre homossexuais, até admitindo a adoção de crianças por eles, João Paulo II reagiu de maneira forte e  imediata:
"Não é moralmente admissível a aprovação jurídica da prática homossexual. Ser compreensivos para com quem peca, e para com quem não é capaz de libertar-se desta tendência, não significa abdicar das exigências da norma moral [...]. Não há dúvida de que estamos diante de uma grande e terrível tentação" (20/02/94).
O pior problema, hoje, das famílias desestruturadas, não é de ordem financeira, mas moral. Quando os pais têm caráter, fé, ou como o povo diz: "tem vergonha na cara", por mais pobre que seja, será capaz de impedir a destruição do seu lar. São inúmeros os casais pobres, mas que com uma vida honesta, de trabalho e honradez, educaram muitos filhos e formaram bons cristãos e honestos cidadãos.
Não consigo aceitar a desculpa de um pai ao afirmar que a sua família se destruiu por causa da sua pobreza. Sempre haverá alguém com o coração aberto para ajudar um pai trabalhador, especialmente quando este tem filhos para criar.
Na Exortação Apostólica Familiaris Consórtio (Sobre a Família), o Papa João Paulo II apontou os graves perigos que ameaçam hoje a família:
"Não faltam sinais de degradação preocupante de alguns valores fundamentais: uma errada concepção teórica e prática da independência dos cônjuges entre si; as graves ambiguidades acerca da relação de autoridade entre pais e filhos [...]. O número crescente dos divórcios; a praga do aborto; o recurso cada vez mais frequente à esterilização; a instauração de uma verdadeira e própria mentalidade contraceptiva" (FC, 6).
A Declaração do Rio de Janeiro sobre a Família, que traz as conclusões do Congresso Teológico-Pastoral, realizado em 3 de outubro, denunciou:
"A família está sob a mira de ataque em muitas nações. Uma ideologia antifamília tem sido promovida por organizações e indivíduos que, muitas vezes, não obedecem a princípios democráticos" (1.1).
"Temos testemunhado uma guerra contra a família, em nível tanto nacional quanto internacional. Nesta década, em Conferências das Nações Unidas, têm sido vistas tentativas para 'desconstruir' a família, de forma que o sentido de 'casamento', 'família' e 'maternidade' é agora contestado. Tem sido estabelecida uma falsa posição entre os direitos da família e os de seus membros individuais. Sob o nome de liberdade, têm sido promovidos 'direitos sexuais' espúrios e 'direitos de reprodução'. Entretanto, estes direitos estão, de fato, principalmente, a serviço do controle populacional. São inspiradas em teorias científicas em descrédito, num feminismo ultrapassado e numa mal direcionada preocupação com o meio ambiente" (1.2).
"Uma linha social-materialista, ao lado do egoísmo e da responsabilidade, contribui para a dissolução da família, deixando uma multidão de vítimas indefesas. A família está sofrendo com a desvalorização do casamento através do divórcio, da deserção e da coabitação [...]. Tanto a violência contra as mulheres aumenta, como a violência do aborto; o infanticídio e a eutanásia calam fundo no coração da família. Na verdade, as famílias de hoje estão ameaçadas por uma sub-reptícia cultura da morte" (1.4).
"A dissolução da família é uma das maiores causas da pobreza em muitas sociedades [...]" (1.5).
"A família é o 'santuário da vida'. Seu compromisso com a proteção e a nutrição da vida, desde o momento da concepção, é preenchido verdadeiramente com a paternidade responsável" (3.3).
 Esses alertas do Papa e do Congresso Teológico são seríssimos e devem colocar cada cristão em prontidão para uma verdadeira cruzada em defesa da família, ameaçada até pela ONU!

Foto  
Felipe Aquino

Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br

quarta-feira, 30 de março de 2011

Mensagem do Dia

Quarta, 30 de Março de 2011 
Ao nos distanciarmos do Senhor, caímos no vazio

Muitas vezes, nós não sabemos exprimir nem fazer a leitura das aspirações mais profundas do nosso coração; isso nos leva a correr de um lado para o outro, inquietos e agitados, buscando respostas, querendo nos agarrar a algo ou a alguém. Em outras palavras, consciente ou inconscientemente, fica-nos esta pergunta:
De onde vim? Para onde vou? Qual a minha origem? Qual é a minha meta? Donde vem e para onde vai tudo o que existe?
“Deus criou todas as coisas, não para aumentar a sua glória, mas para manifestar a glória e para comunicar a sua glória. Pois a glória de Deus é o homem vivo, e a vida do homem é a visão de Deus. O fim último da criação, é que Deus, Criador do universo, tornar-se-á ‘tudo em todas as coisas’ (I Cor 15,28), ao mesmo tempo a sua glória e a nossa felicidade” (Catecismo da Igreja Católica, 293,294).
Quando nos distanciamos do Senhor, caímos no nada, no vazio, porque o que dá sentido verdadeiro à nossa existência é amá-Lo e louvá-Lo, porque fomos criados para o louvor da glória de Deus.
Hoje é o dia de voltarmos para o nosso Criador com o coração contrito e repleto de amor e gratidão. Somente n’Ele encontramos repouso e sentido para a nossa vida!
Jesus, eu confio em Vós!


Missa de Cura e Libertação

  •  Imagem de Jesus Misericordioso
  • Curados e libertos em Cristo.
  • Com fé e confiantes digamos,  "Jesus eu confio em vós!"
  • Obs: A Missa da Cura acontecerá na última quarta-feira de cada mês.

      Participe!   

 

VISITA PASTORAL


Neste Domingo 03/04, receberemos a visita do Vigário Geral de nossa Diocese Padre Flávio Augusto. Padre Flávio vem nos proferir algumas palavras e esclarecimentos sobre a visita Pastoral que acontecerá em nossa paróquia em Setembro do corrente ano.

Padre Francisco convida a todos os paroquianos para participarem desta conversa com Padre Flávio, que na oportunidade esclarecerá algumas dúvidas e explicará como devemos proceder para organizar a nossa paróquia (Igreja Matriz e Capelas) para a visita pastoral.

Contamos com todos :
TERÇO DOS HOMENS
CASAIS PAROQUIANOS
RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA - RCC
MOVIMENTO DE MÃE RAINHA
MINISTROS DA EUCARISTIA
APOSTOLADO DA ORAÇÃO
VICENTINOS
PASTORAL DA CRIANÇA
PASTRAL FAMILIAR
GRUPO DE JOVENS
PASTORAL DA ACOLHIDA
LITURGIA
ANIMADORES DE CAPELAS (URBANA/RURAL)
ETC...
DOMINGO - (03/04)

* 8hs - Missa na Igreja Matriz
* 9hs - Reunião com Padre Flávio (Vigário Geral da Diocese de Mossoró)
Fonte de pesquisa Paroquia de Caraúbas 

    segunda-feira, 28 de março de 2011

    Mensagem do Dia

    O pecado abre em nós uma ferida que só Deus pode fechar

    Mensagem de Márcio Mendes no programa "Sorrindo pra Vida", da TV Canção Nova, nesta segunda-feira, dia 28 de março de 2011.

    A Palavra meditada hoje está em Mateus 9, 9-13:

    9. Ao passar, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-me!” Ele se levantou e seguiu-o.
    10. Depois, enquanto estava à mesa na casa de Mateus, vieram muitos publicanos e pecadores e sentaram-se à mesa, junto com Jesus e seus discípulos.
    11. Alguns fariseus viram isso e disseram aos discípulos: “Por que vosso mestre come com os publicanos e pecadores?”
    12. Tendo ouvido a pergunta, Jesus disse: “Não são as pessoas com saúde que precisam de médico, mas as doentes.
    13. Ide, pois, aprender o que significa: ‘Misericórdia eu quero, não sacrifícios. De fato, não é a justos que vim chamar, mas a pecadores”.
    "Se você quer que a força do Espírito Santo o renove, você precisa se levantar do comodismo que vive", explica Márcio Mendes
    Foto: Wesley Almeida/CN
    Esta Palavra consola o coração de qualquer um, pois, quem não tem pecado? Foi nesta condição que o Senhor encontrou Mateus e, mesmo sendo considerado injusto pelos outros, Jesus viu nele uma luz e convidou-o a segui-Lo. Jesus não veio chamar os justos, mas o pecadores, a salvação é para nós.

    Se você se reconhece um pecador, Ele está do nosso lado. Quando reconhecemos a nossa enfermidade, a cura que recebemos não para em nós, mas transborda para outras pessoas também.

    Mateus não hesitou e foi seguir o Senhor. 'Não são as pessoas com saúde que precisam de médico, mas as doentes'. E o pecado é a maior doença que o ser humano pode ter, porque ele mata a alma.

    Muitas vezes a pessoa não consegue sentir o amor de Deus, não consegue ver a misericórdia do Senhor porque está no pecado. Ele coloca uma trave na nossa cabeça, como um cabresto no cavalo, que não nos deixa ver.

    Todo pecado abre em nós uma ferida que só Deus pode fechar. Para recebermos a graça e sair do pecado, precisamos reconhecer o erro e querer deixá-lo para trás. Mateus entendeu isso, entendeu que tinha tudo e não tinha nada. Você já fez esse exame na sua vida?

    Chegou o dia de você se levantar de onde você está acomodado. Se você quer que a força do Espírito Santo o renove, você precisa se levantar do comodismo que vive. Deixa o seu passado para trás, as suas mágoas, a discórdia, a raiva, a vontade de vingança.

    A vida é uma coisa tão boa, porque azedá-la com o que não presta? Naquela mesa, Mateus já não era o mesmo homem. Ele atraiu os seus colegas de trabalho para sua casa para conhecer o Senhor.

    Quando a gente se converte de coração, quer que outras pessoas também conheçam o verdadeiro amor. Conversão é apresentar a nossa face obscura ao Senhor e deixá-la para Ele transformar. É pegar aquilo que até de Deus temos vergonha e deixar nas mãos do oleiro.

    Jesus veio tirar todos os entulhos da nossa vida, mas, para isso, depende de você aceitar. Você está disposto a fazer isso hoje?

    Márcio Mendes
    Missionário da Comunidade Canção Nova 


    Retiro de Quaresma - reflexões da 3ª semana

    Prossigamos com as nossas reflexões para o período da Quaresma, em textos preparados pelo Ministério de Formação. Neste ano, aprofundaremos a questão do princípio da Verdade, uma das moções recebidas pelo Movimento para estes tempos em que vivemos. Vamos refletir e orar juntos, todos os dias!
    III SEMANA DA QUARESMA

    Tema: Consertando nossas redes – Princípio da Verdade
    Continuamos nosso caminho rumo à maior festa do cristianismo: a Páscoa. De maneira muito linda, Deus nos presenteou com direções profundas, levando-nos a uma verdadeira conversão.

    Domingo

    Neste domingo, a palavra de Deus proclamada nos convida a um diálogo sincero com o Senhor. O evangelho de João, no capítulo 4, relata a passagem da “Samaritana”. A leitura conta que Jesus, sentado no poço de Jacó, conversa com esta mulher que vem buscar água. No diálogo, Jesus revela a verdade de sua vida e fala a ela com caridade. A Samaritana acolhe as palavras Dele, reconhece serem verdadeiras, aceita a proposta e recebe a água viva.
    Vamos trazer este evangelho para nossa vida. Sentemos também as margens de nossa história, apresentando para Jesus o que nós estamos buscando. A Samaritana buscava água e nós, o que temos buscado? O que estamos precisando para saciar a sede de nossa vida? Vamos conversar com Jesus sobre isso.
    No Evangelho, Jesus mostra a ela que sabe tudo sobre sua vida, a ponto de dizer que o marido que ela tem também não é dela. Então, aquela Samaritana compreende que só Ele tem a água que pode saciar sua vida, lavar sua história e preencher seus vazios.
    Aproveitando a oportunidade que a liturgia nos dá, fiquemos um momento a sós com Jesus e deixemos Ele se manifestar em nossa vida, a fim de que nesta semana possamos mergulhar nele que é “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6). Podemos dialogar com Jesus contando para Ele o que temos feito e buscado. Deixemos que assim nos dê suas palavras que são de vida eterna.

    Segunda-feira

    Temos várias direções dadas pelo Senhor a toda Renovação Carismática Católica. Ele nos mostra que quer pautar nossa vida no princípio da verdade, inclusive podemos perceber em palavras proféticas que Ele nos exorta a deixar de lado toda simulação, toda mentira, toda duplicidade. Ele pede para sermos verdadeiros uns para com os outros e analisarmos as nossas intenções.
    Para nos ajudar a compreender melhor o desejo de Deus para nós, busquemos auxílio no Catecismo da Igreja Católica. Com ele poderemos conhecer melhor as formas de deixar nossa vida ser pautada por este princípio. Vejamos :
    a) Somos chamados a viver a verdade. Ter nossa vida assinalada com o princípio da verdade. Isto nos é afirmado no Catecismo da Igreja Católica, no nº 2465: “Deus é fonte de toda verdade. Sua Palavra é verdade. Sua lei é verdade ...os membros de seu Povo são chamados a viver na verdade”.
    b) Como discípulos de Jesus Cristo, somos movidos por sua Palavra. Nela esta nossa norma de vida, ela nos liberta e nos santifica. Assim podemos refletir: minha vida esta movida pela Palavra de Deus? Se digo mentira, estou sendo escravo dela. Compare o nº 2466: “Em Jesus Cristo, a verdade de Deus se manifestou plenamente... O discípulo de Jesus ‘permanece em sua palavra’ para conhecer ‘a verdade que liberta’ (Jo 8,32) e santifica. Seguir a Jesus é viver do ‘Espírito da verdade’ que o Pai envia em seu nome e conduz ‘à verdade plena’ (Jo 16,13). Jesus ensina a seus discípulos o amor incondicional da verdade: ‘Seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não’ (Mt 5,37)”.
    c) Quem segue Jesus Cristo procura viver como Ele nos ensinou. Portanto, para nós é pedido falar sempre a verdade, renunciar a mentira, proclamar a Boa Noticia, ser sempre sincero e agir na verdade com caridade. Podemos nos analisar: estamos agindo assim? Veja o nº 2468: “A verdade como retidão do agir e da palavra humana tem o nome de veracidade, sinceridade ou franqueza. A verdade ou a veracidade é a virtude que consiste em mostrar-se verdadeiro no agir e no falar, guardando-se da duplicidade, da simulação e da hipocrisia”.
    d) Se não estou dizendo e agindo conforme a verdade, isso significa que estou sendo falso e a falsidade sempre prejudica. Praticar a verdade é estar aberto para crescer nas virtudes. Novamente fiquemos atentos aos ensinamentos do nº 2469 do Catecismo: “A virtude da verdade devolve ao outro o que lhe é devido”.
    e) O convite para nós neste dia é viver na verdade. Vamos olhar para nós mesmos e perceber se estamos escondidos atrás de alguma mentira, de alguma ilusão e se esforçar para seguir o exemplo de Cristo. Diz o nº 2470: “O discípulo de Cristo aceita ‘viver na verdade’, isto é, na simplicidade de uma vida conforme o exemplo do Senhor permanecendo em sua verdade. ‘Se dissermos que estamos em comunhão com Ele e andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade’ (1Jo 1,6)”.
    Vamos rezar de acordo com as reflexões que fomos fazendo em cada item citado pelo Catecismo da Igreja Católica. É interessante até anotarmos o que temos aprendido com esses ensinamentos e o que estamos sentindo Deus falar conosco através dos momentos de oração.

    Terça-feira

    Estamos vivenciando um período de reflexão sobre a prática da verdade. Neste dia, vamos novamente nos apoiar nos ensinamentos da Igreja, através do Catecismo da Igreja Católica, e perceber que somos privilegiados, afinal temos instruções dados pela Igreja e um grande modelo a seguir que é o próprio Jesus Cristo.
    De maneira muito clara, vamos mergulhar no sentido de darmos testemunho da verdade, diz o CIC 2472: “O dever dos cristãos de tomar parte na vida da Igreja leva-os a agir como testemunhas do Evangelho e das obrigações dele decorrentes. Esse testemunho é transmissão da fé em palavras e atos. O testemunho é um ato de justiça que estabelece ou dá a conhecer a verdade: Todos os cristãos, onde quer que vivam, pelo exemplo da vida e pelo testemunho da palavra, devem manifestar o novo homem que pelo Batismo vestiram e a virtude do Espírito Santo que os revigorou pela confirmação”. Isso significa que quanto mais autêntico eu for em relação à vivência da palavra de Deus, mais estarei agindo conforme a verdade e a fé.
    Encontrar-se com Jesus Cristo é encontrar-se com a verdade em nossa vida. O Papa
    Bento XVI dizia aos Movimentos Eclesiais e Novas Comunidades em 2006: “A força de um líder está em encontrar Aquele que é a Verdade e a reproduzir esta verdade dentro de si e nos seus relacionamentos. As pessoas vivem como se a verdade não existisse, como se o desejo de ser feliz que está no coração do homem fosse destinado a ficar sem resposta”. Este encontro com Cristo pode desenvolver em nós um testemunho autêntico de seguidor de Cristo.
    Vamos orar neste dia agradecendo a Jesus porque nos encontramos com Ele. E esse encontro tem causado em nossas vidas muitas transformações. Depois de louvá-lo, vamos renovar nosso compromisso de viver e testemunhar o evangelho com nossa vida.

    Quarta-feira

    Um próximo passo em relação à pratica da verdade é seguirmos o que o Catecismo da Igreja Católica nos ensina e refletir sobre as ofensas a verdade.
    Vamos rever alguns pontos importantes neste dia:
    2475 – “Os discípulos de Cristo "revestiram-se do homem novo, criado segundo Deus, na justiça e santidade da verdade" (Ef 4,24). ‘Livres da mentira’ (Ef 4,25), devem ‘rejeitar toda maldade, toda mentira, todas as formas de hipocrisia, de inveja e maledicência’ (1Pd 2,1)”. O Senhor nos revestiu do homem novo. Aproveitando esta reflexão vamos enumerar todas as coisas que ainda gritam forte dentro de nós e que nos impedem de viver a verdade. Nesta lista, devemos abordar todas as coisas que ainda são contra a verdade do Evangelho em nossa vida e buscar auxílio em Jesus para sermos fortes diante de nossas fraquezas.

    2476 - “Quando emitida publicamente, uma afirmação contrária à verdade assume uma gravidade particular. Diante de um tribunal, torna-se um falso testemunho... Essas formas de agir contribuem para condenar um inocente, para inocentar um culpado ou para aumentar a sanção em que incorre o acusado. Elas comprometem gravemente exercício da justiça e a eqüidade da sentença pronunciada pelos juízes”. Diante desta afirmação, vamos retomar todas as vezes que mentindo atrapalhamos a vida de nossos irmãos. Vamos pedir perdão a Deus pelo vício da mentira em nosso cotidiano. Até se achamos que é algo pequeno que não faria mal algum, peçamos perdão porque com certeza prejudicamos alguém.

    2482 - "A mentira consiste em dizer o que é falso com a intenção de enganar. O Senhor denuncia na mentira uma obra diabólica: ‘Vós sois do diabo, vosso pai, (...) nele não há verdade: quando ele mente, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira’ (Jo 8,44)”. Fomos criados a imagem e semelhança de Deus, somos filhos de Deus. Se Ele é verdade devemos agir sempre com verdade. Percebemos nesta passagem bíblica que o pai da mentira é o demônio. Se estamos habituados a dizer mentira, temos a oportunidade de nos reconciliar com Deus. Devemos renunciar a toda mentira e deixar que o Espírito Santo, que é o Espírito da verdade, nos ensine a agir sempre conforme a verdade. Eis mais uma verdade que nos motiva a agir sempre testemunhando a verdade: CIC 2486 “A mentira contém em germe a divisão dos espíritos e todos os males que ela suscita; mina a confiança entre os homens e rompe o tecido das relações sociais”.

    Quinta-feira

    Estamos caminhando para transformar nossas ações conforme a prática da verdade. Esta semana somos encorajados a assumir quais são as mentiras que estavam tentando nos enganar e tirar o foco de nossas ações diante da verdade.
    Nesta quinta-feira, aproveitemos para adorar Jesus e dizer a Ele que assumimos em nossa vida as práticas da verdade. Olhando para Jesus encaramos a verdade em nossa vida. Quanto amor o Senhor tem derramado sobre nós, quantas vezes diante desse amor somos lavados de toda maldade, de toda mentira, de toda ilusão e de toda falsidade.
    Vamos olhar e contemplar a beleza de Deus que também nos olha. Aproveitemos a moção dada através da palavra em Apocalipse 3, 18: “Aconselho-te que compres de mim um colírio para ungir os olhos para que possas ver claro”. A moção é a de olhar com os olhos do Espírito da Verdade onde está o desajuste, o excesso, a ilusão na nossa vida. Apenas olhando para Jesus deixemos que Ele vá colocando em ordem os desajustes.
    Ainda olhando para Jesus, podemos trazer até a nossa memória quais são as áreas de nossa vida que ainda estão sendo vividas na ilusão da mentira. Sem ter receio do que Jesus pode fazer, apresentemos o que tem em nosso coração e deixemos que Jesus, “caminho, verdade e vida”, trabalhe em nós fazendo obra de restauração.
    Este colírio é derramado em nossos olhos conforme vamos olhando para Jesus. Este olhar vai penetrando nosso olhar e somos agraciados com o olhar de misericórdia que tira de nós todas as escamas que estavam nos impedido de caminhar no caminho da verdade.
    Que o Espírito Santo nos dê uma visão nova e nos conduza na prática da verdade.

    Sexta-feira

    Chegamos à sexta-feira. Talvez para você este seja um dia de jejum de penitência, e é oportuno também percebermos que, diante da reflexão desta semana, Deus nos garante oportunidades para entrar na prática da verdade. Entrar nesta prática com certeza vai gerar em nós mudança de vida. É decisão pela verdade, é decidir por Aquele que é a verdade!
    A penitência que vamos realizar hoje pode ter como intenção a mudança de vida, a conversão de nosso coração, a decisão em viver a verdade. Devemos saber que não precisamos nos esconder atrás de mentiras. Não precisamos nos enganar com ilusões.
    Vamos orar nesta sexta-feira nos comprometendo com a verdade. Quando me comprometo com a verdade, vou até as áreas mais profundas de minha vida, apoiado na força do Espírito Santo, e deixo que seu amor me fortaleça para arrancar de mim o que é mau, o que me é enganador.
    Busquemos mais uma vez a Palavra de Deus em Efésios 4,25: “Renunciai a mentira. Fale cada um a seu próximo a verdade, pois somos membros uns dos outros”. Apoiados nesta palavra, se já atingimos alguns irmãos com a mentira vamos reparar este erro. Em primeiro lugar é preciso reconhecer que pecamos, depois nos reconciliarmos.
    Pode ser que tenhamos mentido para nós mesmos, tentando nos enganar; pode ser que tenhamos falado mentira para alguém para tentar se sair bem em alguma situação; pode ser até que estejamos vivendo uma mentira. Por isso, como diz a palavra, “renuncia a toda mentira”. Após reconhecer o erro, vamos dizer: eu renuncio, eu não quero mais! Se consigo proclamar isso, posso me confessar e me comprometer com a verdade como propósito de vida.

    Sábado

    Hoje é o dia que rezamos com Nossa Senhora. Ela é aquela que apoiou sua vida na Palavra de Deus e viveu a verdade em todo tempo. Em nenhum momento de sua vida se enganou. Sempre esteve centrada na palavra de Deus.
    Vamos neste sábado rezar a oração do terço pedindo a Nossa Senhora que interceda por nós para que possamos viver a verdade em cada instante de nossa vida. Em cada dezena do terço vamos colocar um pedido a Virgem Maria:
    1º mistério - vamos pedir que Nossa Senhor rogue por todas as pessoas que nós ferimos com a mentira, e por todos os efeitos negativos que a mentira causou em nossa vida.
    2º mistério - vamos pedir que Nossa Senhora nos ensine a viver comprometidos com a verdade.
    3º mistério - que Nossa Senhora nos auxilie na prática constante da verdade em nossas palavras e atitudes. Que saibamos pautar nossa vida no exercício da verdade.
    4º mistério – que Nossa Senhora nos ensine a sempre buscar na Palavra de Deus nosso jeito de agir e de compreender as coisas.
    5º mistério – que pela intercessão de Nossa Senhora possamos sempre ter em nossos lábios palavras de louvor a Deus, principalmente neste dia que possamos louvar porque a verdade nos liberta e nos faz entrar no plano de Deus.

    sexta-feira, 25 de março de 2011

    Mensagem do Dia

    Sexta, 25 de Março de 2011

    O Silêncio é eloquente!

    Muitas vezes nos queixamos de não conseguir escutar a voz de Deus. Na verdade, somos muito barulhentos interior e exteriormente.
    Precisamos nos silenciar para compreender o que o Senhor tem a nos falar. Ela fala conosco a todo momento e em todas as circustância, porém não conseguimos escutá-lo, porque falamos muito e somos agitados.

    Confessionário pode ser verdadeiro lugar de santificação, diz Papa

    Bento XVI destaca que Sacramento da Penitência possui valor pegógico para confessor e penitente
    O Papa Bento XVI recebeu em audiência os participantes do 22º Curso sobre Foro Íntimo, promovido pelo Tribunal da Penitenciária Apostólica, na manhã desta sexta-feira, 25, na Sala das Bênçãos, no Vaticano. O curso oferece subsídios aos novos presbíteros para auxiliá-los no exercício de ministrar o Sacramento da Penitência (Confissão).

    O discurso do Pontífice destacou um aspecto que, na sua opinião, não seria suficientemente considerado, embora de grande relevância espiritual e pastoral: o valor pedagógico da Confissão sacramental, tanto para o penitente quanto para o confessor.

    "A fiel e generosa disponibilidade dos sacerdotes em escutar as confissões indica a todos nós como o confessionário pode ser um verdadeiro 'lugar' de santificação", afirmou.

    Para o penitente, a Reconciliação sacramental "é um dos momentos nos quais a liberdade pessoal e a consciência de si mesmo são chamados a se expressar de modo particularmente evidente", salienta o Santo Padre, indicando que a atual época de relativismo e menor consciência do próprio ser diminui a procura pela prática sacramental.

    Além disso, o exame de consciência "educa a olhar com sinceridade a própria existência, a confrontá-la com a verdade do Evangelho e avaliá-la com parâmetros não sobretudo humanos, mas tomados da divina Revelação. O confronto com os Mandamentos, com as Bem Aventuranças e, sobretudo, com o Preceito do amor, constitui a primeira grande 'escola penitencial'", ensinou o Bispo de Roma.

    Em meio ao rumor, distração e solidão de nosso tempo, a conversa com o confessor pode ser uma das poucas – se não a única – ocasiões em que se pode ser escutado verdadeiramente e em profundidade. "A íntegra confissão dos pecados educa para a humildade, o reconhecimento da própria fragilidade e a consciência acerca da necessidade do perdão de Deus e da confiança de que a Graça divina pode transformar a vida", enfatizou.

    Finalmente, o penitente deve acolher os conselhos do confessor e suas exortações como forma de julgar os próprios atos no caminho espiritual e de cura interior. "Escutar as palavras 'Eu te absolvo dos teus pecados' representa uma verdadeira escola de amor e de esperança, que guia à plena confiança no Deus Amor revelado em Jesus Cristo, à responsabilidade e ao compromisso de contínua conversão".

    Para o sacerdote

    Bento XVI explicou que o Sacramento da Penitência educa antes de tudo o confessor, porque a missão sacerdotal é um ponto de observação único e privilegiado da Misericórdia divina. "Quantas vezes o sacerdote assiste a verdadeiros milagres de conversão, que, renovando o encontro com um acontecimento, uma Pessoa, reforçam a sua própria fé. No fundo, confessar significa assistir a tantas profissões de fé quanto são os penitentes, contemplar a ação de Deus misericordioso na história, tocar com a mão os efeitos salvíficos da Cruz e da Ressurreição de Cristo, em cada tempo e para cada homem".

    O Santo Padre salienta que conhecer, visitar o abismo do coração humano, também nas suas faces obscuras, por um lado, coloca à prova a humanidade e a fé do próprio sacerdote, mas, por outro, alimenta nele a certeza de que a última palavra sobre o mal do homem e da história é de Deus, é da sua Misericórdia: "Quanto pode, pois, o sacerdote aprender de penitentes exemplares pela sua vida espiritual, pela seriedade com que conduzem o exame de consciência, pela transparência no reconhecer o próprio pecado e pela docilidade com relação ao ensinamento da Igreja e as indicações do confessor".

    Em síntese, para o sacerdote – diz o Papa –, a administração do Sacramento da Penitência possibilita profundas lições de humildade e de fé, é um forte recordar da sua própria identidade sacramental. "Nunca, unicamente por força da nossa humanidade, podemos escutar as confissões dos irmãos! Se esses acorrem a nós, é somente porque somos sacerdotes, configurados a Cristo e tornados capazes de agir em seu Nome e na sua Pessoa, de tornar realmente presente Deus que perdoa, renova e transforma".

    "Queridos sacerdotes, não deixem de dar oportuno espaço ao exercício da Penitência no confessionário: ser acolhido e escutado constitui também um sinal humano do acolhimento e da bondade de Deus por seus filhos", concluiu Bento XVI.
     

    É urgente a opção pelos jovens, destacam líderanças juvenis

    Entre os movimentos e novas comunidades, 
    a Canção Nova também estava presente, representada 
    pela missionária Magda Ishikawa
    "Podemos colher na imensa riqueza da diversidade gerada pelo Espírito Santo na Igreja a prova viva de que é na unidade que encontramos a força necessária para os desafios deste tempo". Foi com esta motivação que representantes de 28 movimentos, congregações religiosas, organismos e novas comunidades do Brasil elaboraram uma Carta aberta do Encontro Nacional de Coordenadores Juvenis, com o objetivo de se apresentarem para o serviço da evangelização e formação da juventude.

    A Carta é fruto do Encontro Nacional que foi promovido pelo Setor Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e aconteceu em Natal (RN), no último fim de semana. O documento é direcionado a todos os jovens brasileiros, autoridades civis e religiosas, clero e a todo povo de Deus.
    No texto, as lideranças afirmam que querem responder aos desafios da evangelização da juventude, através do Documento 85 - Evangelização da Juventude e ressaltam que a opção pelos jovens é uma urgência e necessidade da Igreja e precisa acontecer nos mais diversos locais em que a instituição se faz presente.
    Ao enfatizar a importância de uma formação consistente e de integração dos diferentes modos de evangelizar, a Carta afirma que é, deste modo, que os jovens serão evangelizados e se tornarão “um” com a Igreja. “É preciso novos métodos, é preciso planejar, é preciso líderes com formações sólidas, é preciso o diálogo na diversidade, é preciso que cada expressão seja mais e mais aquilo que o próprio Deus a chamou a ser, é preciso que a riqueza particular seja riqueza universal”, destaca o documento.
    E como gesto concreto, as lideranças estabeleceram compromissos para o próximo triênio:
    - Acentuar a participação dos movimentos, congregações religiosas, organismos e novas comunidades nos setores diocesanos da juventude
    - Realizar um encontro nacional e bianual das expressões juvenis representadas no evento do último fim de semana
    - Estimular o trabalho missionário das congregações e organismos que trabalham com a juventude
    - Aprofundar e difundir o estudo do Documento 85 da CNBB nas diversas expressões da juventude.
    - Participação na petição para que a Campanha da Fraternidade de 2013 tenha como tema “Fraternidade e Juventude”, com data limite para entrega em 17 de abril
    Encontro Nacional de Coordenadores Juvenis
    Durante o encontro do fim de semana, os jovens se reuniram para momentos de oração, partilha, escuta da Palavra, oração do Santo Rosário e celebração das Santas Missas.
    Além da enorme diversidade cultural do Brasil, assim também ocorre com as expressões de carismas dentro da Igreja. Este foi um dos pontos analisados durante a reunião, em que os representantes puderam se conhecer, identificar a pluralidade de serviços e carismas e destacar que, pela primeira vez no Brasil, 28 expressões de evangelização da juventude estiveram reunidas.
    Também foram realizados estudos sobre o Documento 85 da CNBB, tendo o assessor do Setor Juventude, padre Carlos Sávio como facilitador. Foi discutida ainda a realidade dos jovens brasileiros, a resposta do Magistério para o desafio da evangelização juvenil e as linhas de ação que auxiliam em uma evangelização efetiva e aprofundada, além de realizarem uma avaliação sobre o 1º Encontro Nacional de Movimentos Juvenis (ENMJ), que aconteceu em dezembro de 2010.

    quinta-feira, 24 de março de 2011

    Mensagem do Dia

     Quinta, 24 de Março de 2011

    Você tem consciência da presença de Deus na sua vida?

    Precisamos tomar consciência de que Deus sempre está conosco. Mesmo quando nos esquecemos da presença d’Ele, Ele continua conosco. Ele sempre está ao nosso lado, nós é que nem sempre estamos com e n’Ele. É como estar ao lado do melhor amigo e não estar nem aí para ele, a ponto de esquecê-lo e, por vezes, até ignorá-lo.
    Talvez rezar, para você, seja um peso ou uma coisa antiquada. No entanto, orar é tomar consciência da presença de Deus em nossa vida. Você já parou para pensar nisso?
    Como é agradável o encontro da criatura e do Criador. Poder derramar-se na presença do Senhor sem medo nem reserva, com uma profunda certeza no coração de que Ele nos acolhe e nos compreende sem nenhuma explicação ou restrição.
    É tão simples: basta abrir o coração numa atitude de confiança, como as crianças que confiam piamente nos pais e se jogam nos braços deles sem receio.
    Deus é fiel, não faça nada mais sozinho; faça tudo com Jesus e em Jesus.
    Jesus, eu confio em Vós!


    Homilia
     http://www.santaritadecassiamg.com.br/fotos/25618topo_homilia.jpg
     "Faça-se em mim segundo a tua palavra"

    Estamos celebrando hoje a Festa da Anunciação, dia em que veneramos o começo da vida de Jesus Cristo na terra. Verbo encarnado, no seio de Maria. Começa, exatamente aqui, um novo período da história da humanidade. Deus, na infinita bondade, quis despojar-se de Sua divindade e rebaixou-se a ponto de vir construir a Sua tenda entre nós e conosco! Mas isso só foi possível graças ao “Faça-se em mim segundo a tua palavra“, pronunciado pela Virgem Maria!
    O Anjo havia dito a Maria: “Terás um filho. Ele chamar-se-á Jesus, o libertador“. Esta festividade é uma das mais antigas solenidades marianas da história da Igreja. Já era celebrada no Oriente, na metade do século V. E temos notícia de que no século VII se fazia a procissão da Quaresma, neste dia, para a Igreja de Santa Maria Maior. Essa festa quer levar-nos, a todos, ao Cristo Redentor, pelo “sim” dito de modo semelhante pela Santíssima Virgem Maria. Ora, no diálogo do Anjo, ele não fala somente das grandezas pessoais de Jesus; é o Salvador, é o Messias esperado, é o Rei eterno da humanidade regenerada, cuja maternidade se propõe ali a Maria.
    Toda a obra redentora está ali dependendo do “faça-se” de Maria. E disso tem a Virgem plena consciência. Sabe o que Deus lhe propõe; consente no que Deus lhe pede, sem restrição nem condição; o seu “fiat [faça-se]” responde à amplidão das proposições divinas, estende-se a toda a obra redentora.
    O “sim” de Maria foi tão fundamental, que mudou a face da terra. Pois, àquele diálogo de Nossa Senhora com o Anjo, certificada da sua virgindade, ela ousa responder: “Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim, segundo a vossa palavra!
    Trata-se de uma resposta admirável de bondade, mas também de humildade e de prudência. Aqui, a Virgem Maria manifesta mais ainda do que a sua incomparável humildade e obediência, a grandeza da sua fé, fazendo-a entregar-se inteiramente à ação divina, sem questionar nem pretender penetrar no profundo mistério, ou pensar sequer nas consequências a que se arriscava. E você? Como tem respondido ao Senhor? Em que se tem baseado a sua resposta?
    Por um “faça-se” apenas, o Verbo Divino se encarnou no seu seio puríssimo e virginal! É portanto, pelo seu “sim” que Deus se fez homem. E, desse modo, formou-se no seio puríssimo da Virgem Maria, por força do Espírito Santo, o Corpo de Cristo, unindo-se ao corpo a sua alma humana criada do nada e, consequentemente, a Divindade unindo-se ao Corpo e à alma de Deus humanado – Jesus Cristo – passa a receber de Maria sangue do seu sangue, carne da sua carne! Assim, a partir daí, Aquele que é Deus verdadeiro, tornou-se também verdadeiro Homem, num mistério chamado hipostático, e a bem-aventurada Virgem Maria tornou-se, na realidade, a Mãe verdadeira de Deus!
    Meu irmão, minha irmã, veja que se observarmos na história do mundo e na história dos homens encontraremos dois “faça-se” ou “sim”. O primeiro, no ato da criação, o próprio Deus pronunciando: “faça-se” – e todas as coisas aparecerem do nada! E no final a Bíblia afirmar que Deus viu que todas as coisas eram boas!
    O segundo “faça-se” é o de Maria: uma resposta obediente, belíssima! Com o primeiro, Deus tirou do nada o Universo com a sua perfeição e ordem: “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento a obra das suas mãos” (Sl 18,1).
    Com o segundo – o de Maria – “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo1,14), num mistério de duas naturezas em uma e mesma pessoa!
    Quero lembrá-lo de que o seu “sim” ou “faça-se” pode transformar vidas, libertar as pessoas dos vícios, das drogas, da prostituição, do álcool, do adultério, da ganância, dos roubos; pode curar os doentes e ressuscitar os mortos. Pode introduzir os seus na Nova Terra e Novo Céu.
    Assim como nossa Mãe, Maria, nós somos chamados para levar a Boa Nova a todas as pessoas do mundo, para irradiar nelas o amor que Jesus nos proporciona junto com nossa Mãe. Neste mistério aprendamos com a Santíssima Virgem o espírito de serviço para com o próximo. Com o exemplo dela e reconhecendo a humildade de Maria no Magnificat, prometamos que seremos humildes e caridosos para com o nosso próximo. Ainda mais quando demos nosso “faça-se”, nosso “sim”, ao chamado especial de Cristo, como afirma João Paulo II.
    Nesta Solenidade, aprendamos com Maria a virtude da humildade, e que ela nos ajude a sermos simples, humildes e generosos de coração como ela o foi, para que transmitamos sempre com alegria a Palavra de Deus. Nossa Senhora nos ensina também a nos colocarmos sempre a serviço do Senhor.
    Peçamos ao Senhor que nos ajude a sermos caridosos e solidários para com o próximo, principalmente com os mais necessitados, e que ao reconhecermos a presença deles entre nós, saibamos dizer sempre “sim”, como o fez Maria para a vontade do Altíssimo.
    Padre Bantu Mendonça
    Fonte: Blog do Padre Bantu

     Mensagem do Dia 

    Quarta, 23 de Março de 2011

     Celebremos hoje a misericórdia de Deus

    Celebremos hoje a misericórdia de Deus Às vezes, caminhamos de um lado para o outro, em busca de alguma coisa que nem sabemos o que é; em muitos momentos sentimos saudade ou algo parecido, mas também não conseguimos traduzir em palavras o que se passa em nosso interior. Esse sentimento tem um nome: saudade de Deus.
    Cada dia que o Senhor nos concede é para que caminhemos ao Seu encontro e nos deixemos alcançar pela Sua misericórdia. Hoje, não pode ser mais um dia na nossa vida. Abramos, hoje, o nosso coração e deixemos Jesus entrar e pôr a nossa vida em ordem. É interessante que o Senhor não cansa de bater à porta do nosso coração, porque quer conviver conosco; quer encontrar espaço na nossa vida, nos nossos sonhos, nos nossos projetos e nos ensinar como devemos caminhar. Deixemos Deus ser Deus na nossa vida; tratando-O como um Deus que tudo pode, tudo realiza e não se deixa vencer em misericórdia.
    Uma gota da graça de Deus é bastante para transformar toda a nossa vida, como Jesus transformou Levi, que até então era um ladrão, no evangelista Mateus, um grande apóstolo, apaixonado pelo Senhor. De pecador para santo, basta a graça de Deus.
    Fiquemos hoje atentos à voz do Senhor, que nos chama pelo nome, e ao escutarmos a Sua voz, vamos dar-Lhe uma resposta definitiva: Senhor, eis-me aqui.
    “Naquele tempo, Jesus viu um homem chamado Levi, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e seguiu Jesus” (Mt 9,9).
    Jesus, eu confio em Vós!

    quarta-feira, 23 de março de 2011


    XI Congresso Estadual da RCC do Rio Grande do Norte


    Mais informações ligue 3314-1501
    Inscrição antecipada no escritório da RCC Mossoró.


    Conheça o significado da quaresma

    Chama-se Quaresma os 40 dias de jejum e penitência que precedem à festa da Páscoa. Essa preparação existe desde o tempo dos Apóstolos, que limitaram sua duração a 40 dias , em memória do jejum de Jesus Cristo no deserto. Durante esse tempo a Igreja veste seus ministros com paramentos de cor roxa e suprime os cânticos de alegria: O "Glória", o "Aleluia" e o "Te Deum". Na Quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas e termina na quarta-feira da Semana Santa, os católicos realizam a preparação para a Páscoa. O período é reservado para a reflexão, a conversão espiritual. Ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o crescimento espiritual. Nesse tempo santo, a Igreja católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na quarta-feira de cinzas, três grandes linhas de ação: a oração,...

    Palavra de Deus produz transformação que leva à santidade, diz Papa

    Bento XVI: ''A nova evangelização tem necessidade de apóstolos bem preparados, zelosos e corajosos''
    O Papa Bento XVI falou sobre o italiano São Lourenço de Brindes, frade capuchinho e Doutor da Igreja, na Catequese desta quarta-feira, 23.

    O Pontífice destacou que toda a atividade apostólica de São Lourenço foi inspirada por um grande amor pela Sagrada Escritura, "pela convicção de que a escuta e o acolhimento da Palavra de Deus produz uma transformação interior que nos conduz à santidade", afirmou.

    "São Lourenço de Brindes ensina-nos a amar a Sagrada Escritura, a crescer na familiaridade com ela, a cultivar cotidianamente o relacionamento de amizade com o Senhor na oração, para que toda a nossa ação, toda a nossa atividade tenha n'Ele o seu início e a sua realização. É essa a fonte a se buscar, a fim de que o nosso testemunho cristão seja luminoso e capaz de conduzir os homens do nosso tempo a Deus", ressaltou.

    .: NA ÍNTEGRA: Catequese de Bento XVI sobre São Lourenço de Brindes

    Bento XVI destacou que os Capuchinhos e outras Ordens religiosas contribuíram para a renovação da vida cristã nos séculos XVI e XVII. "Também hoje a nova evangelização tem necessidade de apóstolos bem preparados, zelosos e corajosos, para que a luz e a beleza do Evangelho prevaleçam sobre as orientações culturais do relativismo ético e da indiferença religiosa e transformem os diversos modos de pensar e de agir em um autêntico humanismo cristão", indicou.

    Em meio a todos os trabalhos que desempenhava em sua Congregação, São Lourenço cultivava uma vida espiritual de grande fervor, especialmente na celebração da Santa Missa. Nesse ponto, o Santo Padre fez menção especial aos sacerdotes: "Na escola dos santos, todo o presbítero, como tantas vezes foi sublinhado durante o recente Ano Sacerdotal, pode evitar o perigo do ativismo, isto é, de agir esquecendo as motivações profundas do ministério, somente se busca cuidar da sua vida interior".

    A vida de São Lourenço também oferece um exemplo no que concerne ao diálogo ecumênico e inter-religioso. O santo era grande conhecedor da literatura rabínica e era capaz de explicar de modo exemplar a doutrina católica também aos cristãos que, sobretudo na Alemanha, haviam aderido à Reforma.

    "O sucesso de que Lourenço gozava nos ajuda a compreender que também hoje, ao levar adiante com tanta esperança o diálogo ecumênico, a relação com a Sagrada Escritura, lida na Tradição da Igreja, constitui um elemento irrenunciável e de fundamental importância, como desejei recordar na Exortação Apostólica (n. 46)", afirmou o Papa.

    São Lourenço também teve atuação marcante na busca pela paz, desempenhando missões diplomáticas para dirimir controvérsias e favorecer a concórdia entre os Estados Europeus, ameaçados naquele tempo pelo Império Otomano. "A autoridade moral de que gozava o tornava conselheiro procurado e escutado. Hoje, como nos tempos de São Lourenço, o mundo tem necessidade de paz, tem necessidade de homens e mulheres pacíficos e pacificadores. Todos aqueles que creem em Deus devem ser sempre fontes e agentes de paz".

    Maria e o Espírito Santo foram temas contemplados pelos estudos e meditações deste Doutor da Igreja, que colocou em evidência o papel único da Virgem Maria, sobre a qual afirma com clareza a Imaculada Conceição e sua cooperação na obra de redenção realizada por Cristo

    "Com fina sensibilidade teológica, Lourenço de Brindes evidenciou também a ação do Espírito Santo na existência do fiel. Ele recorda-nos que, com os seus dons, a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade ilumina e ajuda o nosso compromisso de viver alegremente a mensagem do Evangelho", apontou o Bispo de Roma.


    São Lourenço de Brindes

    Nasceu em 1559, em Brindes, na Itália. Viveu entre dois séculos, o XVI e o XVII. Ficou órfão de pai aos sete anos, quando foi confiado pela mãe aos cuidados dos frades Conventuais da sua cidade. "Alguns anos depois, no entanto, transferiu-se com a mãe para Veneza, e exatamente em Vêneto conheceu os capuchinhos", explica Bento XVI. Em 1575, Lourenço, com a profissão religiosa, torna-se frade capuchinho, e, em 1582, foi ordenado sacerdote.

    Tinha grande facilidade no aprendizado de línguas, razão pela qual pôde desenvolver um intenso apostolado junto a diversas categorias de pessoas. No interior da Ordem dos Capuchinhos, foi professor de teologia, mestre de noviços, diversas vezes ministro provincial e definidor geral, e, enfim, ministro geral de 1602 a 1605.

    Foi encarregado de diversas missões diplomáticas, numa das quais concluiu a sua vida terrena, em 1619, em Lisboa, para onde havia se dirigido junto ao rei da Espanha, Filipe III, para defender a causa dos súditos napolitanos perseguidos pelas autoridades locais. Foi canonizado em 1881 e, por motivo de sua vigorosa e intensa atividade, da sua ciência vasta e harmoniosa, mereceu o título de Doctor apostolicus, “Doutor apostólico”, da parte do Beato Papa João XXIII, em 1959, por ocasião do quarto centenário de seu nascimento.

    A audiência

    O encontro do Bispo de Roma com os cerca de 10 mil fiéis reunidos na Praça de São Pedro aconteceu às 6h30 (horário de Brasília - 10h30 em Roma). O Papa continua uma breve série de encontros para completar a apresentação dos Doutores da Igreja, no contexto de Catequeses dedicadas aos padres da Igreja e grandes figuras de teólogos e mulheres da Idade média.

    Na saudação aos fiéis de língua portuguesa, o Papa salientou:

    "a todos saúdo e dou as boas-vindas a esta Audiência! São Lourenço de Brindes nos ensina como a familiaridade com a Bíblia e a oração são essenciais para que todas as nossas ações tenham o seu início e cumprimento em Deus. Possa este ser o fundamento do vosso testemunho cristão no mundo de hoje. Que Deus vos abençoe!".


    Moções Profética

    O Princípio da Verdade
    http://www.rccbrasil.org.br/midias/noticias/grandes/fg_6599.jpg
    Diversas profecias e confirmação na Palavra nos falam sobre a verdade. Recebemos do Senhor uma palavra de exortação: “Deixai de lado toda dissimulação, mentira, duplicidade, sede verdadeiros uns com os outros e consigo mesmos, analisando vossas intenções, e sede também verdadeiros diante de mim.” A confirmação veio na Palavra: "Salvai-nos, Senhor, pois desaparecem os homens piedosos, e a lealdade se extingue entre os homens. Uns não têm para com os outros senão palavras mentirosas; adulação na boca, duplicidade no coração" (Salmo 11, 1-3).
    Outra exortação dizia: “Vós sois o povo que escolhi para este tempo, Eu vos separei e caminho diante de vós. Meus filhos, precisai estar preparados, que seja expulso do meio de vós todo pecado, toda falta de bom testemunho. Expulsai todo pecado, toda mentira, toda dissimulação de vossas vidas. Fazei um exame de consciência e retirai de vossas vidas o pecado, por menor que seja. Eu quero fazer obra nova, mas preciso que purifiqueis vossas vidas”. A confirmação veio na passagem de Ageu 1, 3 – 7, no qual o Senhor pede: “Prestai atenção ao vosso viver”.
    Dentro do princípio da verdade, recebemos também uma palavra em Apocalipse 3,18: “Aconselho-te que compres de mim um colírio para ungir os olhos para que possas ver claro”. A moção é a de olhar com os olhos do Espírito da Verdade onde está o desajuste, o excesso, a ilusão na nossa vida. A área da nossa vida que é vivida na ilusão é mentira. O nosso encontro com Jesus, que é a Verdade, deve se refletir em toda nossa vida, no nosso relacionamento com Deus, conosco mesmos, com os outros, no nosso modo de ver o mundo e de reagir aos acontecimentos.
    Recebemos outra palavra de exortação com respeito à verdade: “A decisão firme que quero de vós é a de mudança de vida, de conversão. A maturidade vem de uma alma íntegra. Eu vos peço compromisso com a verdade. Ide ao fundo e arrancai de vossos corações todo o mal. Não tereis autoridade se não vos converterdes até nas pequenas coisas”.
    Maria Beatriz Spier Vargas
    Secretária-geral do Conselho Nacional da RCCBRASIL

    segunda-feira, 21 de março de 2011

    Mensagem do Dia

    Segunda, 21 de Março de 2011
    Como gostaríamos de ser tratados?
    Todos nós temos um jeito de ser único e precisamos nos valorizar e valorizar cada irmão. Quando nos dispomos a acolher a acolher as pessoas como elas são e não como gostaríamos que fossem, estamos usando de misericórdia, como Deus usa de misericórdia para conosco.
    Hoje a palavra de ordem do Senhor para cada um de nós é: “Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36).
    A cada atitude nossa, devemos parar e pensar: “Eu gostaria que fizessem assim comigo?” Façamos o exercício de nos colocarmos sempre no lugar do outro, antes de fazermos qualquer coisa, com base nesta regra de ouro bíblica: “Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles” (Mt 7,12).
    Senhor, ensina-nos a sermos misericordiosos como Tu és misericordioso.
    Jesus, eu confio em Vós!

    Missa de Cura e Libertação
    •  Imagem de Jesus Misericordioso
    • Curados e libertos em Cristo.
    • Com fé e confiantes digamos,  "Jesus eu confio em vós!"
    • Obs: A Missa da Cura acontecerá na última quarta-feira de cada mês.

       Participe!    


    MINISTÉRIO DE MÚSICA E ARTES

    Retiro para os coordenadores do ministério de música 
    e artes
    Dias 26 e 27 de março,
    Local ainda não definido.
    Mais informações ligar para 8834-4729.
    fonte de pesquisa RCC Mossoró


     Homilia 

    A misericórdia como bem-aventurança, profecia e terapia

    https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0eqRpQZasxEvf0oWLS7MdRHkwc5h0YmWpJeC2UeH4kKH5qIpFzmgyl7IuN61PAeoLw6m1OFV4MGooy6Khe5BADtD-DBpM1JUnKZVZfeGdH0YCrf-etsBkicpNraEmMVlG_8sv2bpKhyphenhyphenDE/s1600/25618topo_homilia.jpg

    Postado por: homilia


    No imenso tesouro do Evangelho, estão os gestos da misericórdia. Eles são como uma gema preciosa: sólida e delicada ao mesmo tempo; verdadeira e transparente na sua simplicidade; brilhante pela vida e alegria difundida. Compaixão, compreensão, solidariedade, ternura e perdão são como seus ângulos de polimento, por onde se reflete – em raios coloridos e acessíveis – o amor regenerador de Deus.
    Para mim neste tempo da Quaresma, a misericórdia de Deus se traduz em resgate, cura, abrigo, libertação, sustento, proteção, acolhida, generosidade e salvação – tão marcantes na caminhada do Povo de Deus. No decorrer dos séculos, a comunidade cristã tem atualizado essa experiência em novos contextos, lugares e relacionamentos. A liturgia a celebra; a prece a invoca; a pregação a proclama; os místicos a enfatizam; o magistério a propõe; as obras a cumprem.
    Antiga e sempre nova, a misericórdia de Deus se pode entender em outras palavras sob três pontos: bem-aventurança, profecia e terapia. Como bem-aventurança, a misericórdia aproxima o Reino de Deus das pessoas e as pessoas do Reino de Deus. É prática que dignifica o ser humano: tanto para quem a dá, quanto para quem a recebe. Está repleta de gratuidade e alegria, como disse Jesus: “Felizes os misericordiosos, pois alcançarão misericórdia” (Mt 5,7). As obras de misericórdia são também profecias da justiça do Reino, que supera toda fronteira de raça, credo ou ideologia: diante da humanidade ferida e carente, somos servidores da vida e da esperança, dentro e fora da Igreja, para crentes e não-crentes, afim de que “todos tenham vida e vida em plenitude” (cf. Jo 10,10).
    Jesus nos indicou o exemplo do bom samaritano para mostrar a todos que a misericórdia não aceita fronteiras! Enfim, a misericórdia é também terapia: compaixão que restaura, toque que regenera e cuidado que aquece. As obras de misericórdia têm eficácia curadora: socorrem nossa humanidade ferida pelo pecado e pelo desamor, restaurando em nós a imagem do Cristo glorioso, para que Suas feições resplandeçam em nossa face, na face da Igreja, na face de toda a humanidade redimida.
    Se a compaixão é um sentir que nos comove na direção do próximo, a misericórdia se caracteriza como gesto que realiza este sentir solidário. Na compaixão temos um sentimento que mobiliza; na misericórdia temos o exercício deste sentimento. Daí os verbos: cumprir, mostrar, fazer e agir – que expressam a eficácia do amor misericordioso humano e, sobretudo, divino (cf. Êx 20,6; Sl 85,8; Lc 1,72 e 10,37). A misericórdia tem caráter operativo: é amor em exercício de salvação. Se o amor é a qualidade essencial de Deus; a misericórdia é este mesmo amor exercitado para com a criatura humana, revelando a qualidade ativa do Todo-poderoso. Assim, a misericórdia se mostra muito mais na experiência do dia a dia do que na conceituação teológica, catequética ou espiritual. E ainda que tal experiência se revista de beleza, o lar da misericórdia não é o discurso nem explicações, porque as crianças abandonadas, os andarilhos e os excluídos da sociedade não comem explicações. O lar da misericórdia é a solidariedade. Seu órgão vital é o coração e as mãos: erguem o caído, curam o ferido, abraçam o peregrino, alimentam o faminto.
    A misericórdia que Deus exige de você e de mim não é outra senão a evangélica, que consiste em 14 obras: 7 corporais: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, acolher o forasteiro, vestir quem está nu, visitar os doentes e assistir aos prisioneiros e sepultar dignamente os mortos. Sete obras, centradas na exortação “cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes” (25,40). E 7 espirituais: dar bom conselho a quem necessita, ensinar os ignorantes, corrigir os que erram, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as fraquezas do próximo, rogar a Deus pelos vivos e mortos.
    Obras de misericórdia corporais: dar de comer ao faminto, dar de beber ao sedento, vestir os maltrapilhos, abrigar os peregrinos, cuidar dos enfermos, visitar os encarcerados,
    Meu irmão, minha irmã, em Emaús e à beira do lago da Galileia, Jesus toma o pão, o abençoa e o reparte: os discípulos O reconhecem, por causa de seu tato característico (cf. Lc 24,30; Jo 21,12-13). Que gestos você tem feito para que as pessoas o reconheçam como discípulo de Jesus? Saiba que os gestos alimentam, curam e restauram! Eles são toques da misericórdia de Deus.
    Pai, dispõe meu coração para a prática da misericórdia a partir dos pequenos gestos, pois este é o caminho pelo qual estabeleço minha comunhão Contigo.
    Padre Bantu Mendonça
    Fonte: Blog do Padre Bantu

      domingo, 20 de março de 2011

      Mensagem do Dia


      Por que São José fala tão pouco!?
      Na verdade, a narração dos Evangelhos não permite que imaginemos José explicando sua fé ou ações. Entretanto, como tudo na Bíblia é tão inspirado, não é difícil entender que o Espírito Santo nos mostra esse grande homem de Deus ciente de que as palavras estão sujeitas a mal-entendidos; ele sabe que suas ações gritam por sua fidelidade a Deus e seu amor a Maria; não precisa justificar-se, pois é Deus quem o faz.
      Em poucas palavras – para nos parecermos com ele – José não fala para que também aprendamos a falar menos; para que não sejamos quem fala, mas quem faz.
      As pessoas vazias são, normalmente, muito barulhentas; quanto mais vazias, mais falantes.
      Valei-me São José!
      Medite sobre isso, por favor!
      Agora vamos rezar juntos? Clique no blog.cancaonova.com/ricardosa.
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      Com carinho e orações,


      Seu irmão,
      Ricardo Sá
        


      Brasileiros participam de Colóquio promovido pelo ICCRS
      Encontro acontece em Roma
      Reunidas em Roma desde quinta-feira (17), lideranças carismáticas de 44 países participam de Colóquio promovido pelo Serviço Internacional da Renovação Carismática Católica, ICCRS. O Brasil está representado por uma delegação formada pelo presidente do Conselho Nacional, Marcos Volcan; pela secretária-geral do Conselho, Maria Beatriz Spier Vargas; pelo coordenador estadual da RCC de São Paulo, Rogério Soares; pelo membro do Conselho Nacional, Reinaldo Beserra dos Reis e pelo coordenador da RCC na diocese de Santos, Marcos Antônio dos Santos.
      O encontro, que vai até o próximo domingo, trata sobre um dos principais temas da RCC: o Batismo no Espírito Santo. A expectativa é que ao final dos trabalhos, as reflexões sejam reunidas e organizadas em um material para ser publicado pela Renovação Carismática de todo o mundo. 
      Logo após o Colóquio, Marcos e Beatriz permanecem em Roma para uma Reunião do ICCRS. Um dos assuntos da pauta desta reunião é o Encontro Mundial de Jovens que acontecerá no Brasil, em 2012.
      Colóquio no Twitter
      Quem se interessar, pode acompanhar o andamento das atividades do Colóquio seguindo o Twitter da presidência da RCCBRASIL: @marcosvolcan. A ferramenta tem sido usada para divulgar informações de cunho institucional e que dizem respeito à vida do Movimento.
      Congressos Estaduais: unidade e comunhão
       http://lh4.ggpht.com/getuliocamargo/SLVQFvK4vMI/AAAAAAAACWs/sphYDch2W9c/IMG_7491.JPG
      Para lançarmos as redes, precisamos estar com elas em ordem. Por isso, os Congressos Estaduais propõem neste ano um momento de formação e espiritualidade fortes para uma vivência cada vez maior da nossa unidade como Movimento eclesial.
      O formato dos encontros neste ano será diferente do costume: serão, ao total, três dias de retiro, com a presença da equipe nacional. O primeiro deles será voltado para as lideranças da RCC local, com formação específica para coordenadores e ministérios. Já os demais dias serão voltados para os servos e membros do Movimento.
      A intenção é que a Renovação Carismática ddo Brasil ande de acordo com as mesmas moções e direcionamentos, já que estes serão partilhados durante as pregações e momentos de oração.
      Por causa da realização dos Congressos estaduais neste formato, no ano de 2011 não será realizado o Congresso Nacional. Dessa maneira, mais pessoas poderão ter contato com a equipe nacional e participar de um momento de forte espiritualidade e formação.
      O primeiro encontro neste formato já foi realizado em Pernambuco, em janeiro, para mais de duas mil pessoas. Em abril, será a vez do Distrito Federal, do Rio Grande do Norte e de Goiás realizarem os seus Congressos. Fique atento e participe!
      Veja mais sobre os Congressos Estaduais em nossa agenda.

      Retiro de Quaresma - reflexões da 2ª semana
      II SEMANA DA QUARESMA
      Tema: Consertando as redes – Princípio do Bem
      Depois de ter nos apropriado de conceitos que nos levaram a mergulhar no principio de nossa identidade de “filhos de Deus”, nesta semana somos impulsionados pelo Espírito Santo na dimensão do princípio do bem. De maneira muito simples, porém, profunda queremos consertar as redes de nossa vida no que diz respeito “prática do bem”.   Podemos dizer “consertar as redes”, porque a passagem que esta sendo rhema neste tempo (Lucas 5,5), nos leva a refletir onde nossas redes precisam ser consertadas. Neste sentido compreendemos que Jesus está nos pedindo para pescar. Como a rede é instrumento de pesca, vamos consertá-la para pescar, mesmo onde parece não haver peixe. Se acreditarmos firmemente que nesta palavra, podemos experimentar coisas maravilhosas, mesmo se anteriormente já tenhamos tentado e nada pescado.
      Domingo
      Hoje é o segundo domingo da quaresma, a liturgia da Igreja nos convida a refletir sobre a “transfiguração”(Mt 17,1-9). É interessante percebermos que em outras passagens do Evangelho sempre há várias pessoas em volta de Jesus. Se observarmos na passagem de Lucas 5,1ss, o povo se comprimia para ouvir a Palavra; no sermão da montanha (Mt 5), relata-se que Jesus vendo a multidão, subiu a montanha, sentou-se e seus discípulos aproximaram dela. Na sequência, em Mt 8, afirma-se que, tendo Jesus descido a montanha, uma multidão o seguia. No mesmo capítulo, no versículo dezoito, vemos que, “no meio de grande multidão”, ordenou que O levassem para outra margem.
      Enfim, podemos perceber que na passagem da transfiguração não temos uma multidão, nem doze, mas apenas três: Pedro, Tiago e João. Podemos perceber que no decorrer de nossa caminhada muitos são aqueles que vão seguindo Jesus. Se você lembrar da época de nosso primeiro encontro com Jesus, quantos estavam conosco? Também percebemos que no decorrer de nossa caminhada, vamos nos comprometendo com o Senhor, e não são muitos os que perseveram. Tomando por base a transfiguração, não é que os outros discípulos não perseveraram, mas sim que Jesus escolhe três para subir a montanha e vê-lo transfigurado. Talvez hoje, dos muitos que iniciaram a caminhada, você seja como um dos três que foi escolhido por Jesus para viver este momento especial com Ele. Aos três, Pedro, Tiago e João, foi concedida a graça de ver Jesus se transfigurando, de certa maneira, experimentaram a graça da glória, e eles foram preparados para o momento de calvário que Jesus iria passar.
      Percebamos que ao ouvirem a voz de Deus dizendo “Este é meu filho muito amado, no qual pus todo meu agrado”, eles caem com rosto por terra. Reconhecem a glória de Deus, sabem então que estão diante do Senhor. Mas preste atenção a um detalhe importante: “Jesus se aproxima, toca neles e diz : ‘Levantai-vos e não tenhais medo’”.
      Vamos nos apropriar deste Evangelho, que é o anuncio forte da boa nova para nós, deixemos que essas palavras possam trazer para nossas vidas a glória de Deus. Somos escolhidos porque estamos diante deste Evangelho, a transfiguração pode acontecer conosco também. Certamente se experimentarmos essa Glória, jamais vamos abandonar o Senhor. Esta é graça dada aqueles que estão a caminho, que são mais próximos de Jesus, que receberam de Jesus um chamado especial e acolheram.
      Realmente Jesus se revela de maneira muito forte aos três, porque até diz “não conteis isso a ninguém até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos”. Percebam, se Deus diz em primeiro momento “este é meu Filho muito amado” e agora Jesus diz “não contem até que o Filho do homem tenha ressuscitado dos mortos”, é sinal de que aos três foi revelado o que haveria de acontecer com Jesus. A glória de Deus em nossa vida revela os sinais de Deus. Hoje, baseando-se neste Evangelho, deixamos a glória de Deus entrar em nossa história, sem ter medo de colocar o nosso rosto por terra diante da realeza de nosso Deus. Façamos louvores a Deus por estarmos perseverando na caminhada, porque Ele se aproximou de nós e nos tocou. Porque sua palavra nos ordena para “levantar e não termos medo”. Se por ventura há medo te rondando diante do que é vontade de Deus para você, apresente-os a Jesus e deixe que Ele nos sustente com sua força.
      Segunda-feira
      Temos a oportunidade de rever nossa vida, apoiados no que Deus tem falado para nós. De maneira especial nesta semana sobre a prática do bem. Se puxarmos em nossa memória os direcionamentos dados, percebemos que na vocação de viver a vida no Espírito, nos abrimos para vivência da prática do bem.
      Quando pensamos em praticar o bem, precisamos muito do auxílio do Espírito Santo, pois sofremos com tantas situações de maldade, violência, mentiras, tribulações, e muitas vezes ficamos condicionados às reclamações e até somos conduzidos a algumas práticas que não condizem com o bem.
      Temos uma passagem bíblica que está nos motivando à reflexão. É do Salmo 36: “Espera no Senhor e faze o bem; habitarás a terra em plena segurança” (v. 3). Neste versículo,  vamos apresentar ao Senhor as situações que nós estamos esperando nele, pois a palavra diz “espere no Senhor, faze o bem”. Se porventura a espera está sendo difícil e nós estamos esquecendo da prática do bem, vamos reiniciar um compromisso com o Senhor de procurar fazer o bem.
      “Os justos o Senhor sustenta. O Senhor vela pela vida do justo, não será confundido no tempo da desgraça e nos dias de fome será saciado” (v. 18-19). Sabemos que a Palavra de Deus é verdade, nela depositamos nossa confiança. Nestes versículos, o Senhor nos lembra que Ele sustenta os justos, vela por sua vida, não confunde no tempo da desgraça. É momento oportuno para pedir perdão ao Senhor por todas as vezes que nos momentos de provação, de tribulações deixamos a murmuração, o desânimo e o julgamento dominarem nossas ações.
      “Ainda que caia não ficará prostrado, porque o Senhor o sustenta pela mão” (v. 24). Diante dessas palavras, podemos lembrar todas as vezes que o Senhor nos levantou, todas as vezes que a bondade de Deus inundou nossa vida de força, de coragem. Quando olhamos para o trecho que diz o “Senhor sustenta pela mão”, nos sentimos amparados, pois a mão poderosa de Deus nos sustenta. Vamos orar, segurando na mão poderosa de Deus, pedindo que Ele nos conduza sempre pelo caminho do bem, nos ensinando a praticar o bem, sobretudo impulsionando-nos a caminhar com segurança.
      “Vem do Senhor a salvação dos justos, que é seu refúgio no tempo da provação. O Senhor os ajuda e liberta; arranca-os dos ímpios e os salva, porque se refugiam nele” (v. 39-40). Segundo o texto, portanto, fazer o bem nos alcança o favor de Deus.
      Depois de ter rezado com esses versículos podemos repetir aquele que mais nos chamou a atenção. Encerramos esse dialogo com a Palavra de Deus com um louvor.
      Terça feira
      Queremos nos apoiar no que diz o catecismo da Igreja Católica no nº 1723: “A bem-aventurança convida-nos a purificar nosso coração de seus maus instintos e procurar o amor de Deus acima da tudo. Ensina que a verdadeira felicidade não está nas riquezas ou no bem-estar, nem na glória humana ou no poder, nem em qualquer outra obra humana por mais útil que seja, como as ciências, a técnica e as artes, nem em outra criatura qualquer, mas apenas em Deus, fonte de todo bem e de todo amor”. O convite que nos é feito pela Igreja é “purificar nosso coração”, e é interessante perceber que já aponta o que deve ser purificado em nós: “os maus instintos”. Este tempo é propicio para isso. Diante do amor de Deus, vamos mergulhar nosso coração, sem reservas, para que tudo o que temos guardado no sentido de sentimentos, de preocupações, de insatisfações, de descontentamentos, de inquietações, possa ser purificado.
      Deus respeita sempre nossa decisão, Ele aguarda nossa escolha. Portanto, como sabemos que Deus nos criou para ser amor e nos realizarmos no amor, vamos, no dia de hoje, mais uma vez, decidir pelo “amor”, deixando que todas as raízes do amor cresçam em nós. Sintamos o amor de Deus lavando nosso coração, nossos sentimentos, nossa mente, nossos pensamentos, uma ótima oportunidade para deixar que nossas inclinações para o mal sejam lavadas em nós.
      Apoiados no que nos ensina o Catecismo da Igreja Católica e na passagem de Filipenses 4, 8, vamos rezar: “Além disso, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar vossos pensamentos”. Por um lado, mergulhamos nosso coração no amor de Deus para limpar os maus instintos, e agora, com a Palavra de Deus, oramos clamando que este versículo de Paulo aos Filipenses aconteça em nossas ações.
      Quando deixamos os maus instintos, nos abrimos para o que é bom. São Gregório nos ensina: “O objetivo da vida virtuosa é tornar-se semelhante a Deus”.
      Quarta-feira
      O tempo da quaresma é tempo de Penitência, de conversão. Como estamos refletindo sobre a prática do bem, é importante perceber que, ao reconhecer em nós o que não está de acordo com o bem, significa que podemos estar apoiados no que é mal. Num aspecto bem prático, o que nos auxilia neste caminho de conversão é justamente reconhecer onde podemos melhorar. Acontece que muitas vezes até sabemos o que precisa ser melhorado em nós, mas encontramos dificuldades por causa de nossas próprias fraquezas. Como já é de nosso conhecimento, nossa Igreja nos presenteia com o sacramento da reconciliação. Que tal aproveitarmos este tempo para buscar neste sacramento a graça da reconciliação: consigo mesmo, com Deus e com os irmãos?
      Por falar em sacramento da reconciliação, o Catecismo da Igreja Católica nos lembra o sentido da penitencia que recebemos no momento da confissão. Gostaria de partilhar com você, para que juntos possamos nos apropriar melhor de todas essas graças que podemos receber. Diz assim: “A penitencia pode consistir na oração, numa oferta, em obras de misericórdia, no serviço do próximo, em privações voluntárias, sacrifícios e principalmente na aceitação paciente da cruz que temos para carregar. Essas penitências nos ajudam a configurar-nos com Cristo que, sozinho, expiou nossos pecados uma vez por todas” (CEC 1460).
      Que graça, meus irmãos, podemos receber: além de sermos perdoados pelos pecados, para vencer nossas fraquezas, temos a oportunidade de nos penitenciarmos. O propósito de Deus para nós nesta semana é crescermos na prática do bem, continuamos orando pedindo a ação do Espírito Santo em nossa vida, ensinando-nos a viver o evangelho, modelando nossas ações para o bem. Aproveite também para realizar neste tempo uma boa confissão.
      Quinta-feira
      O Catecismo da Igreja Católica diz, no número 1704: “A pessoa participa da luz e da força do Espírito divino. Pela razão é capaz de compreender a ordem das coisas estabelecida pelo Criador. Por sua vontade, ela é capaz de ir ao encontro de seu verdadeiro bem. Encontra sua perfeição na busca e no amor da verdade e do bem”.
      Através da graça do Espírito Santo somos iluminados para compreender a ordem de tudo que é criado por Deus. Neste dia, podemos perceber que tudo que Deus criou para nós é um dom Dele para nossa vida. Quando esta verdade penetra nosso ser, passamos a nos relacionar melhor com todas as coisas, seja o ser humano ou outra obra criada por Deus. Quem nos capacita na razão para vivermos como filhos e nos relacionarmos com tudo nesta dimensão é a força do Espírito Santo.
      Vamos orar, pedindo ao Espírito Santo que nos ilumine e dê força. Pedir que nos ilumine para enxergarmos e compreendermos que toda criação de Deus é dom para nós, o que Ele nos dá é dom para nossa vida. Pedir força para amar, para se deixar ser amado. Refletindo sobre isso, percebemos que, deixando Deus nos conduzir, somos aprimorados para realizar a sua vontade. Com toda abertura de coração, peçamos para que o Espírito Santo nos leve cada vez mais a “buscar o amor, a verdade e o bem”. Lembrando sempre que Deus nos fez sua imagem e semelhança, portanto, se Deus é Amor, somos movidos, impulsionados, motivados a viver o amor, a verdade e o bem. Nosso coração foi criado para amar, e desta forma que nos realizamos: amando. A vivência do amor nos leva a querer praticar o bem; a prática constante do bem nos leva a viver de maneira virtuosa.
      Uma das maneiras de retomar nossa vivência quanta a prática do bem é assumindo que somos criados para ser amor, reconhecendo que muitas vezes nossas ações de distanciaram dessa prática. Por isso, podemos, com o auxilio do Espírito Santo, recorrer a palavra de Deus em 2Cor 5, 19-20, que diz: “Porque é Deus que, em Cristo, reconciliava consigo o mundo, não levando em conta mais os pecados dos homens, e pôs em nossos lábios a mensagem da reconciliação. Portanto, desempenhamos o encargo de embaixadores em nome de Cristo, e é Deus mesmo que exorta por esse intermédio. Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus!”. Se queremos, na liberdade de nossa vontade, exercer o desejo de Deus em nós, vamos nos aproximar de Deus reconhecendo quem é Ele, portanto reconciliando com a Santíssima Trindade, Pai, Filho, Espírito Santo, nosso criador, redentor e santificador, com o único propósito de praticar o bem.
      Sexta-feira
      O Catecismo da Igreja Católica nos diz, nos números 1730 e seguintes: “Deus criou o homem dotado de razão e lhe conferiu a dignidade de uma pessoa agraciada com a iniciativa e domínio de seus atos. A liberdade é o poder, baseado na razão e na vontade, de agir ou não agir, de fazer isto ou aquilo, portanto de praticar atos deliberados. A liberdade é no homem uma força de crescimento e amadurecimento na verdade e na bondade. Quanto mais praticar o bem, mais a pessoa se torna livre. Não há verdadeira liberdade a não ser a serviço do bem, da verdade e da justiça. A escolha da desobediência e do mal é um abuso e conduz à escravidão do pecado”.
      Irmãos, percebemos o quanto o ser humano busca a liberdade, mas, muitas vezes, não tem a compreensão do que seja realmente “liberdade”. Hoje somos agraciados por Deus a refletir que “quanto mais praticar o bem, mais a pessoa se torna livre”. Se entrarmos nesta perspectiva, significa que a prática do mal me escraviza.
      Deus nos criou para vivermos em liberdade. Ele mesmo, na loucura do seu amor para conosco, nos deixa livres na escolha do bem ou do mal. Sabendo de nossas dificuldades, Deus nos presenteia com Sua Palavra, para refletirmos e orarmos com ela. Veja o que São Paulo instrui na carta aos Romanos 9,17-21: “Não pagueis a ninguém o mal com o mal. Aplicai-vos a fazer o bem diante de todos os homens. Se for possível, quanto depender de vós, vivei em paz com todos os homens. Não vos vingueis uns aos outros, caríssimos, mais deixai agir a ira de Deus, porque esta escrito: a mim a vingança, a mim exercer a justiça, diz o Senhor (Dt 32,35). Se o teu irmão tiver fome, dá-lhe de comer, se tiver sede dá-lhe de beber. Procedendo assim, amontoarás carvões em brasa sobre a sua cabeça (Pr 25,21). Não te deixas vencer pelo mal, mais triunfa do mal com o bem”. Façamos nossa oração pessoal com esta Palavra.
      Sábado com Maria
      De acordo com nossa caminhada nesta quaresma, todos os sábados, estamos orando com a Virgem Maria, e de maneira especial podemos contar e muito com o auxílio dela, pois em sua vida vemos claramente a prática do bem. Ela se fez escrava de Deus e foi livre em tudo. Na vida dela, percebemos a disposição em fazer o bem. Para ela o exercício do bem era feito com facilidade.
      Para nos enriquecer vamos percorrer neste dia o caminho do calvário com Maria. Em cada mistério deste terço que vamos rezar, paramos um instante para refletir na entrega de Maria e na disponibilidade de deixar de praticar o bem mesmo em momento de maior dor, quanto vê seu filho sendo conduzido a morte.